Imagem mostra um dos banheiros do prédio antes de passar pela aplicação da película nos vidros| Foto: José Aldinan/Gazeta do Povo

MP investiga o caso

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) anunciou, na tarde desta terça-feira (8), que vai investigar possíveis irregularidades na construção do Conservatório Musical Maestro Paulino Martins Alves, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Leia a matéria completa.

CARREGANDO :)

O prédio público construído para receber o Conservatório Musical Maestro Paulino Martins Alves, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, vai passar por uma análise criteriosa antes de ser "reinaugurado". A obra vem sendo alvo de polêmica desde que foram descobertos três banheiros "indiscretos", em que paredes de vidro deixam expostos um vaso sanitário e mictórios.

Publicidade

O secretário de Planejamento de Ponta Grossa, João Ney Marçal Júnior disse à Gazeta do Povo, nesta quinta-feira (10), que antes de o conservatório funcionar no local, é preciso fazer uma avaliação completa na edificação. Segundo ele, a possibilidade de que o prédio não sirva para sediar o centro de música não está descartada.

"Estamos fazendo um relatório para ver as providências que precisam ser tomadas. No dia em que terminar essa obra, vamos definir: essa obra serve para o conservatório, ou essa obra não serve para o conservatório. Ou ainda se, para servir, precisa ser feito isolamento acústico, instalação de sistema de climatização, etc. O fato é que a obra [do jeito que foi inaugurada] não está pronta", alertou Marçal.

Nesta quarta-feira (9), películas começaram a ser instaladas nos banheiros para que não seja possível enxergar através do vidro o interior do ambiente. Trabalhos são feitos também na área externa, na colocação de escadas de emergência.

Outras intervenções serão feitas para a "conclusão" da obra. "Estamos correndo para terminar em fevereiro, para o início das aulas dos alunos, mas não tem uma previsão", disse o secretário.

Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo na terça-feira (8), o engenheiro e proprietário da empresa responsável pela obra, Carlos Nakazima, afirmou que a construtora seguiu o projeto à risca e que não constavam do memorial descritivo sugestões para impedir a transparência dos banheiros e nem o projeto da escada.

Publicidade

"Não posso alterar um projeto arquitetônico sem a autorização de quem o criou. Nós identificamos o problema, estávamos cientes a avisamos a Prefeitura antes da inauguração. A empresa está aberta a questionamentos", salientou Nakazima.

Prédio-irmão também tem problemas

Marçal utilizou como exemplo de local que necessita de adaptação a biblioteca, que fica ao lado de onde foi construído o conservatório. O projeto da edificação, segundo o secretário, é praticamente igual, com a diferença de que os banheiros e as escadas já não são mais problemas. "A biblioteca ao lado é linda, porém, o sol bate direto nos livros. Temos que ter alguma solução lá para resolver o problema", disse.

O conservatório

O Conservatório Maestro Paulino, fundado em 1972, oferece aulas de música (teoria, canto coral, ensino de diversos instrumentos, entre outras atividades) para adultos e crianças. O prédio antigo fica num outro ponto do Centro e é alugado pela prefeitura. O secretário adiantou que no caso de o prédio não ficar pronto, o pagamento do aluguel do prédio onde a escola funciona atualmente continuará sendo pago e a mudança será adiada.

Publicidade