O condomínio já deve mais de R$ 20 mil em multas

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Um prédio residencial localizado no Centro de Curitiba foi interditado na manhã desta quinta-feira (5) pela Comissão de Seguranças de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão da prefeitura responsável pela fiscalização de construções na cidade. Segundo o engenheiro da Cosedi Jorge Castro, o edifício, que tem 17 andares e fica na esquina das ruas José Loureiro e Monsenhor Celso, apresenta risco de desprendimento do revestimento da fachada, vidros de janelas soltos, além de problemas nas instalações elétricas e elevadores.

"Há riscos não apenas para os moradores, mas até para pedestres que passam pela frente e que podem ser atingidos por um pedaço de concreto que eventualmente se desprenda", diz Castro. Segundo a Cosedi, desde 2002 o condomínio, Edifício Don José, vem sendo notificado dos problemas. "Como nenhuma providência foi tomada até agora, decidimos pela interdição", diz. Foi a primeira vez que um prédio inteiro foi interditado em Curitiba, segundo Castro. Cartazes da Cosedi foram colados ao redor do prédio, mas os moradores e as lojas que funcionam no térreo não tiveram de deixar o imóvel imediatamente.

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"Agora que há a interdição é dever do condomínio retirar os usuários do prédio. Caso o procedimento não seja realizado, fica sujeito à nova multa", explica o engenheiro. "O mecanismo que está a nossas mãos é a notificação e multa. A partir de agora, pelo menos, os moradores ficam cientes do risco que correm", afirma.

O prédio tem 39 anos e 144 apartamentos residenciais, além de abrigar uma loja de calçados, um bar e lanchonete e um consultório odontológico. Segundo informações do telejornal ParanáTV, 1.ª edição, o condomínio já deve mais de R$ 20 mil em multas. Procurado pela reportagem nesta manhã, o médico Maurício Cheratzki, síndico do condomínio desde 1995, disse não ter sido notificado oficialmente pela Cosedi. O próprio órgão admite que não o encontrou e não houve notificação oficial.

Cheratzki contesta as informações de que haveria problemas no imóvel que colocam em risco a segurança dos moradores. Em agosto deste ano, o síndico contratou o serviço de um engenheiro particular que fez uma vistoria no prédio e não apontou comprometimentos estruturais, conforme um documento assinado pelo profissional.

Ele reconhece que na última vistoria do Corpo de Bombeiros, algumas providências foram exigidas. "Pediram a instalação de corrimãos e fitas antiderrapantes nas escadas, o que já está sendo feito", afirma.

O síndico afirma que já está em contato com advogados para estudar as medidas legais para derrubar o decreto de interdição do imóvel. "Agora os moradores estão me procurando preocupados, achando que o prédio vai cair", reclama.

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