Vídeo:| Foto: RPC TV

O prefeito de Itaperuçu, região metropolitana de Curitiba, José de Castro França foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (27), acusado de fraudes na administração do município. Além do prefeito, foram presos o diretor financeiro do município, Adnilson José Castro França, filho do prefeito; a ex-diretora financeira, Cláudia Mara Pedroso Moraes França, esposa de Adnilson; e a servidora municipal Marla Janice Redel. Os quatro foram levados para o Centro de Triagem II, em Piraquara, região metropolitana.

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Por conta da prisão do prefeito, não houve expediente na prefeitura. Os funcionários ficaram do lado e fora. Quem assume agora o cargo interinamente é o vice-prefeito, Osmário Bomfim. Em entrevista à reportagem do Paraná TV, Bomfim disse que quer tomar posse nesta quinta-feira mesmo.

As prisões preventivas foram solicitadas pelo Ministério Público do Paraná (MP) e acatadas pelo Tribunal de Justiça do Estado. Policiais do Grupo Tigre (Polícia Civil) e da Rone (Polícia Militar) realizaram as detenções. As prisões aconteceram após quatro meses de investigações do Setor de Crimes Cometidos por Prefeitos, do MP, sobre casos de fraude em licitações, formação de quadrilha e outros crimes cometidos na Prefeitura de Itaperuçu.

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Segundo o Ministério Público, o grupo estaria em plena atividade, praticando outros crimes que colocam em risco o patrimônio público municipal, além de estar tentando influenciar testemunhas e produzir ou suprimir documentos de forma ilícita, a fim de atrapalhar as investigações.

De acordo com o MP, foram identificados até agora dois casos de não exigência de licitação e cinco casos de fraudes em processo licitatório, envolvendo compra de veículos e contratação de serviços de mão-de-obra, todos relativos ao ano de 2005. As cinco fraudes relacionam-se a procedimentos no valor de R$ 520 mil.

Segundo a assessoria de imprensa do MP, as investigações, no entanto, apontam que tenha havido muitos outros casos, que não puderam ser identificados até o momento, porque documentos foram suprimidos da prefeitura. As investigações de outros possíveis crimes prosseguem com a atuação das Polícias Civil e Federal.

Procurado pela reportagem, um dos advogados de defesa do prefeito, Francisco Andreoli, afirmou que até o fim da tarde desta quarta-feira não havia conseguido acesso à decisão da Justiça mas que vai tentar um habeas-corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).