A Prefeitura renovou o contrato emergencial com 12 empresas de ônibus de ex-perueiros que operam nos bairros de São Paulo, o chamado sistema local de transporte, por até 180 dias. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), os aditivos tiveram um reajuste de 6,82%. Como a administração municipal já contava com a renovação, o subsídio da tarifa continua em quase R$ 2 bilhões em 2015.

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O Sindicato dos Motoristas de Ônibus (Sindmotoristas) não descarta uma paralisação na próxima semana, já que essas empresas ainda não cumprem os acordos coletivos da categoria. Em reunião na quarta-feira, 15, à tarde, os ex-perueiros pediram para o secretário adjunto de Transportes, José Evaldo Gonçalo, um reajuste de 9,9% nos valores de cada um dos contratos.

O índice era o necessário para que as antigas cooperativas pudessem cumprir parte dos direitos trabalhistas. Enquanto as empresas tradicionais recebem R$ 2,67 para cada passageiro transportado, os ex-perueiros ganham, na média, R$ 1,79 para cada giro de catraca.

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Sem acordo, a Prefeitura fechou o mesmo reajuste que as antigas concessionárias receberam na renovação do contrato emergencial, em maio deste ano. O valor de 6,82%, segundo a Prefeitura, é uma reposição de índices relacionados ao custo de manutenção e de operação do sistema local.

Segundo Valdevan Noventa, presidente do Sindmotoristas, representantes dos ex-perueiros admitiram que precisam pagar os encargos, mas que não têm condições para isso. “Sem dinheiro, as empresas não conseguem pagar os trabalhadores e atender às reivindicações.”