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O fim de semana será de muito trabalho para remoção das árvores que foram derrubadas pela ventania da última quinta-feira à tarde em Maringá, no Noroeste do Paraná. Até a tarde de ontem, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SMSP) tinha registrado o pedido de remoção de 112 árvores que caíram sobre vias públicas, residências ou veículos. O trabalho só deve terminar no início da próxima semana. O caso mais grave ocorreu no Jardim Quebec, onde uma árvore caiu sobre um Volkswagen Gol quando a manicure Iracilda Savatini chegava em casa, por volta das 15h30.

Iracilda avalia que os danos tenham gerado perda total no veículo, que é de uma amiga e foi emprestado justamente para ela ir em casa verificar como a família estava durante a ventania. "Eu fiz o pedido de remoção da árvore já há três anos e nunca vieram cortar", lamentou. "Tenho até o protocolo da prefeitura". Contudo, ela ainda teve sorte de não ter sido atingida pela árvore. Ela lembrou do susto na manhã de ontem enquanto servidores retiravam o tronco e o veículo aparecia todo amassado. Ela ficou ferida levemente com arranhões no braço esquerdo e hematomas na perna esquerda, foi levada até o hospital e liberada no mesmo dia.

A prefeitura informa que tem ressarcido os contribuintes em casos como esse. Porém, o processo burocrático leva, no mínimo, dois meses. A vítima deve registrar um boletim de ocorrências na Polícia Militar, fazer três orçamentos diferentes do conserto, anexar com cópias dos documentos pessoais e fazer um pedido de ressarcimento de danos na praça de atendimento do Paço Municipal. O pedido é analisado pelo Departamento Jurídico da prefeitura. Iracilda vai atrás dos documentos na segunda-feira.

O trabalho de remoção é feito com mais de 70 pessoas entre funcionários da SMSP e empreiteiras que usam aproximadamente 30 veículos entre caminhões e pás carregadeiras. As árvores caíram no centro e nos bairros e também causaram a queda de energia. Aproximadamente 50 mil residências ficaram sem energia elétrica em Sarandi e Maringá na quinta-feira. Ontem ainda havia bairros sem energia. A chuva fez com que o serviço ficasse mais lento e as equipes trabalham até de madrugada.

"Novos pedidos de remoção de árvores chegam a todo momento", comentou o gerente da SMSP, Claudemir Celestino. A chuva continua causando novas quedas de árvores. A previsão é de dificuldades nos serviços, já que a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aponta tempo parcialmente nublado para hoje com possibilidades de chuva pela manhã. A estação registrou chuva de 40,5 milímetros entre a quinta-feira até as 15 horas de ontem e os ventos atingiram mais de 80 quilômetros por hora na quinta-feira.

Ontem também foi dia de muito trabalho no complexo de lojas populares no centro onde caiu a cobertura de metal. Os comerciantes retiravam os produtos, já que o teto estava aberto e as lojas ficaram protegidas somente com lonas.

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