Campina da Lagoa - Por falta de um plano diretor no pequeno, pacato e esburacado município de Campina da Lagoa (região Centro-Oeste do Paraná), com cerca de 16 mil habitantes, a prefeitura é obrigada a recorrer a municípios vizinhos até mesmo para cobrar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O mesmo ocorre com as políticas para o setor ambiental, sistema viário, transporte coletivo e ocupação de solo. Desde 2009, o município deixou de receber cerca de R$ 1 milhão em financiamentos dos governos estadual e federal. "Perdemos e não pudemos fazer nada, tudo por falta do plano diretor", lamenta a prefeita Célia Cabrera de Paula (PRTB).
Segundo a prefeita, na gestão passada um plano começou a ser feito, mas ficou no campo das ideias. "Foram gastos R$ 70 mil e a cidade não tem nada no papel. O plano não saiu das cabeças dos responsáveis pela empresa contratada". Por conta disso, o município entrou com uma ação para reaver o dinheiro. "Eles terão de devolver o dinheiro público, já que nada foi feito até hoje", afirma. Célia diz que o município licitou uma empresa de Maringá para fazer um novo plano diretor.
Com orçamento de R$ 1,3 milhão e uma folha de pagamento que consome mais de 60% do "bolo", o município enfrenta dificuldades para fazer o transporte de alunos, tem carências na saúde pública, esgoto a céu aberto e ainda conta com 90% das ruas pavimentadas tomadas por buracos.
