A prefeitura de Curitiba informou, por meio de nota em seu site, que não participa da campanha de distribuição de roupas em cabides, que é realizada em algumas praças da cidade. “Apesar de reconhecer as boas intenções dos realizadores desse tipo de ação, a assistência social entende que a distribuição de roupas, cobertores e alimentos nas ruas acaba por reforçar o vínculo do morador de rua com a rua, afastando-o da reconquista de sua vida social, da retomada de vínculos familiares e do mercado do trabalho, entre outros aspectos.”, informou a administração municipal.
A prefeitura diz, no texto, que seu trabalho de assistência e atendimento aos moradores de rua “objetiva estimular a saída desse público das ruas para atendimento em equipamentos públicos, onde são ofertados, além de roupas e cobertores, alimentação, banho, pernoite e encaminhamento para outros serviços públicos.”
A administração municipal reforçou o pedido para que a população que “quem deseja ajudar pessoas em situação de rua” doe agasalhos e cobertores em qualquer ponto de coleta da campanha “Doe Calor” na cidade (confira a lista com os pontos de coleta).
“Todas as doações realizadas por meio desses serviços são encaminhadas a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade ou risco social atendidas pela Fundação de Ação Social (FAS) e entidades parceiras”, informou o texto da prefeitura.
Um dos pontos de distribuição de agasalhos e cobertores fica na Praça Carlos Gomes, no Centro. No cabide, é possível ler a frase: “Ei, morador de rua, está muito frio aí fora. Pegue um destes.”
O aparato tem a “assinatura” da Cruz Vermelha do Brasil e também do brechó Libélula. O aviso na “árvore solidária” – como foi chamada na página do Facebook da loja – pede honestidade aos transeuntes. “Por favor, seja honesto e deixe estas peças a quem realmente precisa.”