A decisão da prefeitura de Curitiba de remanejar os radares de outras regiões da cidade para a Área Calma também está ligada ao fato de o município não ter uma empresa contratada para o fornecimento de novos equipamentos de fiscalização da velocidade. Em 2013, o executivo rescindiu unilateralmente os contratos com a Consilux e suspendeu uma licitação que havia sido aberta pela gestão do ex-prefeito Luciano Ducci. Atualmente, o município paga à empresa R$ 464 mil mensais para a manutenção emergencial dos radares em operação na cidade.
Área Calma tira 16 radares de outras ruas
Prefeitura alega que equipamentos já tinham cumprido sua função nos antigos locais. Mas um dos pontos desassistidos está próximo de local perigoso para pedestres
Leia a matéria completaO ex-prefeito já havia aberto um procedimento administrativo contra a Consilux em 2011. A decisão ocorreu após a exibição de uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo na qual um representante da empresa apareceu oferecendo pagamento de propina pela assinatura de contrato. Além disso, havia uma denúncia de que a empresa já teria apagado multas dos radares, atendendo a pedidos de terceiros.
Nova licitação
Em nota, a Secretaria Municipal de Trânsito ( Setran) informou que está avaliando tecnologias para definir os parâmetros para uma futura licitação na área. A pasta informou que, desde o fim de 2013, tem publicado portarias para convidar empresas interessadas em apresentar novas tecnologias para o trânsito de Curitiba. Na área de radares, diz o texto, foram realizados testes com equipamento doppler da empresa Perkons e também com tecnologias já conhecidas, como o teste de velocidade média na Avenida Fredolin Wolf. Essas portarias continuam em vigor até o fim deste mês.
A Perkons também foi alvo da denúncia do Fantástico , mas por suspeitas no Rio Grande do Sul. Naquela época, a empresa tinha contrato de manutenção de 30 lombadas eletrônicas que pertenciam à Urbs. A gestão Ducci, na ocasião, não abriu procedimento contra empresa porque as suspeitas não tinham relação com a capital paranaense. Naquele ano, Perkons e Consilux negaram as irregularidades – esta última demitiu o diretor flagrado pela tevê.
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