A prefeitura de Curitiba gastou R$ 1,5 milhão por mês – entre junho de 2014 e junho deste ano – com o atendimento a moradores da região metropolitana (RMC) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. De acordo com o levantamento realizado pela Secretaria de Saúde da capital, Colombo, Almirante Tamandaré e Pinhais são os três municípios que mais demandam dos serviços de urgência e emergência de Curitiba.
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No geral, cerca de 10% dos atendimentos realizados nas nove UPAs de capital são referentes a moradores da RMC. Algumas unidades, porém, são mais pressionadas. Caso das UPAs Boa Vista e Matriz. Nos dois locais, pouco mais de 30% dos pacientes são de fora de Curitiba. A prefeitura argumenta que o desembolso mensal para o atendimento de moradores das cidades próximas a capital seria suficiente para bancar o custo da Matriz, que gira em torno de R$ 1,3 milhão.
Pelos cálculos da administração da capital paranaense, os moradores de Colombo são os pacientes da RMC que mais geram custos nas UPAs de Curitiba. Por mês, R$ 489 mil seriam gastos para o atendimento desses pacientes. Na conta, a secretaria considerou desde os salários dos profissionais que prestam atendimento até o gasto com água mineral.
84,91% dos atendimentos
de moradores da região metropolitana nas UPAs de Curitiba poderiam ter sido resolvidos em unidades básicas de saúde. A maioria das queixas são relacionada a problemas simples, como dor lombar ou resfriado.
Como se trata de atendimento básico de saúde, o financiamento das UPAs acaba sendo de responsabilidade municipal. O Ministério da Saúde faz um repasse mensal para o custeio dessas unidades que pode variar de R$ 100 mil a R$ 500 mil, dependendo do porte da unidade. Entre janeiro e setembro deste ano, Curitiba recebeu R$ 1,750 milhão por mês como incentivo às oito UPAs habilitadas pelo ministério -- em outubro, o valor passou para R$ 2,1 milhões. Ao todo, o município gasta R$ 15,7 milhões com o serviço por mês.
Problema antigo
A busca de pacientes da RMC por atendimento nas UPAs de Curitiba é um problema antigo. Em agosto do ano passado, a Gazeta do Povo noticiou um cenário semelhante ao de agora. De acordo com Paulo de Almeida, Superintendente de Gestão do Sistema de Saúde Estadual, o governo do estado repassou no ano passado cerca de R$ 25 milhões aos municípios da região metropolitana para reforçarem o atendimento de urgência e emergência em suas cidades.
“Temos feito convênios para que os municípios se organizem e, dessa forma, favorecer o atendimento dos moradores na própria cidade. Mas existe um movimento natural, em que as pessoas que moram na região metropolitana, mas que trabalham e estudam em Curitiba acabam optando pelo atendimento na capital”, diz Almeida.
O mesmo argumento é apresentado pelo secretário de Saúde de Colombo, Fernando de Andrade Aguilera. Ele afirma que muitos pacientes acabam buscando atendimento em Curitiba porque trabalha na capital ou mora mais próximo da UPA do Boa Vista, por exemplo, do que das duas unidades de Colombo: Alto Maracanã e Osasco. “O usuário de saúde não é tangido como gado”, diz Aguilera.
A prefeitura de Almirante Tamandaré segue a mesma linha. Por meio de nota, a administração municipal ainda afirma que atende a pacientes de outras cidades, inclusive de Curitiba, em sua unidade de pronto atendimento.
Colaborou: Angieli Maros.
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