SÃO PAULO - O secretário dos transportes da cidade de São Paulo, Alexandre de Moraes, informou ontem que a prefeitura já autorizou 1.440 fretados a circularem na área de restrição a esse tipo de veículo no centro estendido da cidade. Desde o dia 27 de julho, os ônibus fretados estão proibidos de trafegar em uma área de 70 km2 no centro expandido de São Paulo, das 5 às 21 horas. Desde então, uma série de protestos vem sendo realizada.
A informação foi dada durante uma reunião entre o secretário da pasta e representantes desse tipo de transporte. As autorizações só foram concedidas aos veículos que comprovaram o transporte não rotineiro de passageiros e que não utilizam diversos pontos de parada ("pinga-pinga"). Mesmo com aprovação do pedido, alguns dos fretados autorizados a circular na área de restrição deverão alterar seus percursos para evitar os grandes corredores que incluem vias como a Avenida Paulista, a Avenida Ibirapuera e a Avenida Luís Carlos Berrini. Quem não tem autorização e for flagrado, mesmo vazio, na área de restrição pode receber uma multa a cada hora por trafegar em local ou horário não permitido R$ 85,13 e quatro pontos na carteira.
No encontro de ontem, os representantes apresentaram ao secretário algumas reivindicações, como o aumento de pontos. O secretário afirmou que os pedidos serão analisados e algumas mudanças podem ser feitas. "Vamos analisar as reivindicações, e em até 48 horas teremos uma posição quanto a esses pedidos", destacou.
Protestos
Motoristas de vans começaram a segunda-feira fazendo protestos contra a medida da prefeitura, principalmente a inclusão de seus veículos no grupo de fretados. A manifestação prejudicou o tráfego nas marginais Tietê e Pinheiros e interditou uma das faixas da Avenida Doutor Chucri Zaidan, na zona sul. Na noite de ontem, outro protesto, com 20 ônibus, bloqueou a faixa central da Avenida Doutor Arnaldo, que dá acesso ao centro e a importantes bairros residenciais de São Paulo.
"Estamos em uma democracia. As manifestações são permitidas, desde que não atrapalhem a ordem pública nem perturbem quem precisa trabalhar", disse o prefeito Gilberto Kassab, que mencionou as autorizações concedidas e rebateu as críticas. "A cidade precisa de regras, os fretados estão permitidos, o que estamos fazendo é apenas regulamentar. Isso vai continuar", disse.
A respeito das reclamações dos passageiros que estavam acostumados a utilizar transporte de fretados para trabalhar, Kassab afirmou que "um ponto de equilíbrio" será encontrado. Parte dos usuários deste tipo de transporte já começou a utilizar seus veículos individuais, o que tende a piorar o trânsito.
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