Com capacidade para 120 pessoas, o primeiro Centro de Referência e Acolhida para o Imigrante (Crai) de São Paulo começa a funcionar em agosto, segundo Rogério Sottili, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania. A prefeitura vai pagar R$ 28 mil por mês pelo aluguel de um prédio na Rua Japurá, na Bela Vista, no centro.
O dinheiro veio de uma parceria com o Ministério da Justiça, que cedeu R$ 1,2 milhão. O convênio tem prazo de 18 meses e pode ser prorrogado. O imóvel com cerca de mil metros quadrados foi alugado do Serviço Franciscano de Solidariedade.
Segundo Sottili, a crise causada quando o Acre enviou centenas de refugiados haitianos para São Paulo, em abril, impulsionou a criação do centro. "Quando critiquei, dizendo que os haitianos estavam sendo despejados, provocou uma reação que criou a parceria."
O Crai vai receber os haitianos que estão no abrigo emergencial para 150 pessoas no Glicério, também na região central. O contrato de aluguel vence no final do mês e a Prefeitura negocia a renovação. Além da acolhida, outros serviços serão oferecidos: orientações jurídica e trabalhista, atendimento psicossocial e curso de português.
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