A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras publicou na quinta-feira em seu site o nome de 561 ambulantes que tiveram os Termos de Permissão de Uso (TPUs) cassados neste ano e conseguiram, na quarta-feira, autorização da Justiça para voltar às ruas. A ordem foi dada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) - para que seja público quem pode e quem não pode estar na rua.
Kassab afirmou que ainda estuda se vai recorrer da decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que suspendeu a decisão do presidente do tribunal, Ivan Sartori. Em favor da Prefeitura, Sartori havia derrubado uma liminar de primeira instância que autorizava o trabalho dos camelôs.
O prefeito disse, porém, que continua firme em sua decisão de retirar os ambulantes das ruas da cidade. "Eu entendo e a administração entende que as calçadas devem ser liberadas para os pedestres", disse.
O presidente do Sindicato dos Permissionários, José Ramos, que representa os camelôs legalizados, afirmou ontem que a maioria dos camelôs já voltou para as ruas. "Se depois de todas essas decisões, ele (Kassab) fizer mais alguma coisa (contra a categoria), será muita ruindade", disse Ramos.
Os ambulantes afirmam que não aceitam as propostas feitas por Kassab - como a de transferi-los para feiras livres. "O que ele está oferecendo não vale a pena, não é alternativa. Ele não está vendo a situação dos ambulantes", afirmou Ramos.
O prefeito afirma que a solução definitiva será a construção de três shoppings populares na cidade. As unidades seriam na região central, perto do Pátio do Colégio, outra na zona leste, em São Miguel Paulista, e a última em Santo Amaro, na sul. No entanto, os espaços nem sequer começaram a ser construídos e não há prazo para que isso aconteça. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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