Entenda o projeto
Pelo projeto inicial, o Crar ocuparia uma área de 800 metros quadrados, na região do Zoológico de Curitiba, com o objetivo de atender animais abandonados ou vítimas de maus-tratos. A unidade ambulatorial teria capacidade para receber 20 cavalos e 80 cães ou gatos. No local haveria consultórios, salas de pré e pós-operatório, centro cirúrgico, canis, baias e viveiros.
A prefeitura de Curitiba decidiu reavaliar o projeto do Centro de Resgate de Animais em Risco (Crar), elaborado durante a gestão do ex-prefeito Luciano Ducci. Técnicos da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, representantes de ONGs e instituições de defesa animal se reuniram na última terça-feira (9) e avaliaram que os gastos já orçados não atendem aos custos totais da ideia.
"O custo inicial previsto no projeto, de R$ 850 mil, seria suficiente apenas para concluir 50% da obra", disse Alexander Biondo, diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), em entrevista ao site oficial da prefeitura.
Segundo os dados apresentados no debate, para equipar o centro, o município precisaria desembolsar R$ 250 mil, além de R$ 50 mil mensais direcionados para gastos em materiais de consumo. "Com o projeto atual, o Crar corre o risco de se transformar num elefante branco", ressaltou Biondo.
Uma das alternativas apresentadas pela SMMA seria a de repassar para os quatro hospitais-veterinários universitários da cidade (UFPR, PUC, Tuiuti e Evangélica) os valores que serão utilizados na obra, e criar uma rede de parceria no atendimento aos animais.
Apesar disso, o governo ainda solicitar um parecer técnico ao Conselho Regional de Medicina Veterinária e à Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais sobre o projeto.
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