Confira como ajudar os atingidos pela chuva
Por meio de seu Facebook, a Prefeitura de Curitiba informou que doações podem ser feitas às pessoas que tiveram problemas com as chuvas. Eles precisam, principalmente, de toalhas de banho, alimentos não perecíveis, agasalhos e materiais de limpeza e higiene pessoal. Os produtos devem ser levados aos postos da campanha Doe Calor. Os endereços onde os materiais podem ser entregues podem ser conferidos neste site.
Também via Facebook, o governador Beto Richa disse que "toda ajuda é bem-vinda". Segundo ele, as doações podem ser entregues no Provopar, em todos os órgãos do governo, nas delegacias, batalhões da polícia militar e também nas prefeituras.
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) anunciou na tarde deste sábado (7) que declarou estado de alerta em Curitiba. A decisão foi tomada depois da chuva dos últimos dias que tem causado transtornos aos moradores da capital. Ao menos 15,3 mil pessoas foram afetadas nas regiões dos bairros Hauer, Uberaba, CIC, Boqueirão, Fazendinha, São Lourenço, Bairro Alto, Tarumã, Tatuquara e Caximba. Há 70 desabrigados na CIC. Além disso, havia 15,5 mil sem eletricidade na capital e região metropolitana até as 15h30 - último balanço divulgado pela Copel.
Veja fotos dos transtornos causados pela chuva
A prefeitura informou que o estado de alerta será publicado no Diário Oficial na segunda-feira (9). A intenção é deixar a estrutura do poder público municipal em alerta para promover ações de auxílio a atingidos pela chuva. Os servidores Prefeitura, por exemplo, podem ser remanejados para atender outras áreas e assim minimizar os problemas aos moradores da cidade.
A Defesa Civil de Curitiba informa que o bairro com maior número de afetados é a Cidade Industrial de Curitiba, com 8,2 mil. Em seguida estão o Cajuru, com 1,4 mil; Pinheirinho, com 3,2 mil; Boqueirão, com 2,4 mil; e São Francisco, com 13.
A CIC também é a região com mais casas atingidas: 2 mil. No Pinheirinho, foram danificadas 800 e no Boqueirão outras 600. O Cajuru teve 100 casas avariadas e o São Francisco teve nove. No total, em Curitiba, 3.509 casas tiveram problemas por causa da chuva.
Balanço da Defesa Civil aponta que não há desabrigados (afetados que não têm para onde ir) até o momento. No entanto, não há detalhes sobre o número de desalojados, que são aqueles que tiveram que sair de casa, mas têm onde ficar. Como precaução,seis abrigos estão prontos receber pessoas que tiverem que abandonar suas casas e não tiverem para onde ir. As instituições abertas ficam na CIC, no Pinheirinho e no Cajuru.
Regiões ainda estão sem energia
No total, 150 eletricistas foram enviados pela Copel às ruas para restabelecer a distribuição de energia elétrica aos 15,5 mil que permaneciam desligados da rede na tarde de sábado. Os bairros mais atingidos pela falta de eletricidade, em Curitiba, foram Bacacheri, Portão e Sítio Cercado. Apenas na capital, 10 mil domicílios estavam sem energia elétrica durante a tarde. A previsão para a normalização da maior parte do sistema elétrico é "nas próximas horas."
Na capital e no entorno, 20 postes foram derrubados por causa de alagamentos ou de colisões de veículos. No Ganchinho, os alagamentos causaram a queda de três postes. Na BR-376, oito postes caíram após parte de um terreno que estava em obras ceder. Nesses locais, conforme a Copel, a manutenção pode adentrar a noite de sábado, porque os reparos na rede, quando exigem trocas de postes, costumam ser mais complexos.
Situação crítica desde a manhã
A Defesa Civil de Curitiba classificou a situação como crítica durante a manhã deste sábado. A pior situação era registrada no Uberaba, nas proximidades do canal Belém, quase divisa com São José dos Pinhais. Moradores eram retirados de suas casas completamente alagadas, com o apoio de botes salva-vidas. As regionais da CIC, Santa Felicidade, Boa Vista, Cajuru e Boqueirão também estão entre as mais atingidas pelos estragos da chuva.Na CIC, a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) estava sem eletricidade nesta tarde.
O Corpo de Bombeiros precisou fazer a interrupção na energia para atender a moradores em situação de risco. A recomendação da prefeitura é para que quem precise de atendimento médico, na região, procure outra unidade mais próxima.Desde a manhã, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Barigui estava aberto para atender quem necessitasse de cobertores, cestas básicas e colchões.
Outro ponto de atendimento era a Central de Resgate da FAS, na Rua Conselheiro Laurindo. Com previsão de mais chuva ao longo do sábado, o trabalho da assistência social deve se estender até o período da noite.
A chuva também atingiu três unidades municipais ligadas à educação. O Centro Municipal de Educação Infantil Barigui, a Gibiteca e a unidade Guilherme Braga, que presta atendimento de contraturno escolar, no Cajuru, ficaram alagados.
Durante a manhã, a prefeitura admitiu problemas pontuais no trânsito, decorrentes de desligamentos de semáforos por falta de energia elétrica.
Famílias precisam deixar residências
As regionais da Fazendinha e as cercanias do Barigui também receberam atenção da Defesa Civil na manhã do sábado, que trabalhava com apoio da Guarda Municipal. Um bairro muito atingido pela chuva era o Boqueirão. A Rua Desembargador Antonio de Paula estava bastante alagada, segundo o morador Elias Saade Filho. Ele relata que, por falta de uma tampa na comporta, o Rio Belém transbordou e já atingiu a totalidade da via. "Dali para baixo não tem como andar. O rio está transbordando por baixo. Teve casas atingidas, gente que perdeu tudo."
Na Rua Salomão Elias Feder, no Uberaba, o zelador Valmir Alders, 44 anos, viu a água começar a subir dentro da casa onde mora com a mulher e quatro filhos o mais novo, de quatro meses , por volta das 8 da manhã. "Às 8h30, estava tudo alagado. A água chegou a dois metros de altura. Perdi tudo." Segundo ele, até a hora do almoço, nenhuma equipe da prefeitura ou Defesa Civil tinham ido ao local, dar apoio à população. "Não sei para onde ir, agora é correr atrás de algum lugar."
Morador do Uberaba há seis anos, o servidor público José Lair, 64 anos, conta que se preveniu dos frequentes alagamentos com dispositivos e um portão especial. Pouco atingido pelos estragos, ele dava apoio aos vizinhos afetados. "Estou fazendo um almoço aqui para ajudar o pessoal. Está todo mundo sem água, sem alimentos. Tive um desespero de choro de ver as pessoas perdendo tudo. Não apareceu ninguém para ajudar, a Defesa Civil disse que estava atendendo outras situações."
Mais chuva
Um boletim do Simepar, enviado à Defesa Civil, apontou que, da meia noite até as 10h30 do sábado, foram registrados 93 milímetros de chuva. Segundo a previsão, a chuva continua ao longo do dia, podendo chegar a um volume próximo de 150 milímetros. A Defesa Civil, que já havia emitido um alerta na quinta-feira, avalia que a situação continua crítica. Equipes da prefeitura e das administrações regionais foram acionadas para dar apoio no atendimento à população.
** Sua rua, casa ou bairro também tiveram problemas por causa da chuva? Manda sua foto pra gente com sua identificação e localização da imagem: pautagpol@gazetadopovo.com.br
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