A Prefeitura de Maringá e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) oficializaram na tarde de ontem, na sede do Ministério Público, uma parceria para organizar os atendimentos nos hospitais Universitário e Municipal. "Chegou num ponto em que não dá mais para levar", alerta o superintendente do HU, Carlos Edmundo Fontes. "O sistema está estrangulado". Ele aponta que o HU tem uma média de 60 pacientes todos os dias no pronto-socorro e que não deveriam ser atendidos ali, mas sim no Hospital Municipal por não serem casos graves.
O pacto de ontem foi criado originalmente em setembro de 2003, mas não funcionou na prática. Apesar de campanhas e orientações para a população, os pacientes continuavam a procurar o HU para casos de baixa complexidade, congestionando o serviço e prejudicando o atendimento nos casos de alta complexidade. O HU faz uma média de seis mil atendimentos ao mês no pronto-socorro, mas este número deve cair nos próximos meses, pois a direção do hospital montou uma equipe que irá orientar a população sobre qual hospital deve ser procurado. Porém, nenhum paciente ficará sem atendimento até que o sistema seja amplamente divulgado. A procura espontânea deve passar pelas Unidades Básicas de Saúde e depois para o Hospital Municipal, que ficará com casos simples, como gripe, diarréia, dores, cólicas, contusões, entre outras. Já o HU será referência para casos graves como vítimas de acidentes, enfartes, derrames e pacientes encaminhados pelo Siate ou Samu.
O diretor do Hospital Municipal, Sérgio Augusto Buchweitz, revelou que o hospital realizou 263 mil atendimentos entre 2003 até esta semana em casos de pediatria, psiquiatria, urgência e emergência, com uma média de 400 atendimentos diários dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). São 330 profissionais atendendo em dez leitos de psiquiatria de curta duração, seis para observação, 15 leitos para pediatria e 20 leitos para clínica médica.