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Com o anúncio da greve de motoristas e cobradores para a próxima segunda-feira (26), a prefeitura divulgou, na manhã deste sábado, que irá cadastrar carros particulares para atuar com transporte alternativo. Além desses veículos, a gestão municipal informou que colocará 200 carros oficiais à disposição da Urbs para transporte alternativo gratuito enquanto perdurar a greve. A paralisação não tem prazo para acabar, segundo o Sindimoc.

O cadastramento começará às 6 horas de segunda, portanto após o horário tradicional de inicio da operação do transporte coletivo. Interessados deverão se dirigir à Área de Inspeção e Cadastro, que fica na ala ferroviária, na ponta interna da Rodoferroviária. O custo por passageiro será de R$ 6 por pessoa, sem possibilidade de variações neste valor.

Os carros, segundo a prefeitura, serão vistoriados antes da conclusão do cadastro. E os interessados deverão comparecer ao local com documentos pessoais (RG, CPF e carteira de motorista) e do veículo, que deve estar em dia com as exigências de trânsito. O veículo cadastrado deverá circular com um cartaz afixado em local visível. Taxistas também poderão se cadastrar, mas não poderão ligar o taxímetro e deverão cobrar apenas R$ 6 por pessoa.

Para facilitar o deslocamento, a prefeitura também anunciou que esses veículos têm autorização da Secretaria Municipal de Trânsito para circular pelas canaletas.

DistribuiçãoDe acordo com a prefeitura, a distribuição desses veículos será realizada de acordo com os pontos de maior concentração de usuários e também regiões conhecidas pelo motorista. Se não houver ônibus, os carros também estarão autorizados a entrar nos terminais.

Greve

Esta será a sétima paralisação em menos de um ano em Curitiba e região metropolitana. A greve de segunda foi desencadeada pelo segundo atraso consecutivo no pagamento do adiantamento salarial, que deveria ter ocorrido no último dia 20. Segundo as empresas de ônibus, o débito foi ocasionado pelo atraso nos repasses devidos pela Urbs.

A Urbs, por sua vez, alega que não conseguiu fazer os repasses por conta de uma dívida do Governo do Estado de R$ 16,5 milhões. Esse valor se refere ao subsídio que o Estado paga para cobrir a diferença entre o valor pago pelo usuário do transporte metropolitano e o repassado às empresas de ônibus.

A Comec não contesta a dívida, mas tenta baixar o valor médio do subsídio repassado ao sistema em 2015. De acordo com órgão estadual, a necessidade de subsídio estadual é menor do que a calculada pela prefeitura. A proposta estadual foi de R$ 2,3 milhões mensais, quantia que já apontada pela prefeitura como insuficiente para suprir o déficit metropolitano do sistema.

A greve não tem prazo para acabar porque o Sindimoc, sindicato que representa os trabalhadores, pretende antecipar as negociações em torno do aumento salarial da categoria. Segundo apurou a reportagem, o pedido inicial dos trabalhadores deve ser de um reajuste de 19% (a correção pelo INPC mais o dobro do índice acumulado no ano). A Prefeitura informou que repassará integralmente o porcentual de reajuste à tarifa.

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