Atropelamento no Hauer
Em fevereiro deste ano, o caso dos dois cachorros atropelados no Terminal do Hauer chamaram a atenção para o risco que os animais correm em meio aos ônibus.À época, entidades de proteção animal e a prefeitura debateram sobre a intenção do motorista responsável pelo acidente, que veio a ser considerado isento de culpa pelo Ministério Público.
Segundo Alexander Biondo, diretor de Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o projeto "Cães Comunitários" foi bem aceito pela Urbanização de Curitiba (Urbs S/A), uma vez que aumenta o zelo pelos animais residentes nos terminais, o que pode impedir novas fatalidades envolvendo com cães.
Os cães de rua que vivem nos terminais de ônibus de Curitiba passarão a receber cuidados da Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). O projeto "Cães Comunitários", realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (FAP), irá identificar, castrar, vacinar, monitorar e manter os animais que estão espalhados nos 22 terminais na capital.
"Nós estamos na primeira fase desse projeto, onde estamos monitorando e identificando os cães que tem o perfil de comunitário, ou seja, aquele que não é agressivo, que não possui domicílio e que possui alguém na região que faça os cuidados do animal", explica Edson Evaristo, zootecnista da Divisão de Monitoramente e Proteção Animal da SMMA. "Descobrimos animais que vivem há nove anos desse jeito", completa.
A estimativa do projeto é que sejam cadastrados, em média, dois cães por terminal, o que totalizaria aproximadamente 50 cães cuidados pela Rede de Proteção Animal. "Acreditamos que em 40 dias terminaremos esse levantamento, e paralelo a isso iniciaremos a fase de atendimento", afima Evaristo.
Segundo Alexander Biondo, diretor do departamento da SMMA, em outros lugares do mundo, esses animais são vistos como parte do cotidiano urbano. Um dos objetivos do "Cães Comunitários" é trazer essa visão para a capital paranaense.
"Em janeiro, visitei Istambul. Lá eu vi que as pessoas entendem esses animais como parte das áreas públicas. No caso do projeto falhar em Curitiba, acabará resultando em uma coisa boa. Afinal, depois de fazermos tudo isso pelos cães, as pessoas vão se sentir empáticas a eles e vão 'roubá-los' de nós, vao adotá-los e dar um lar a eles".
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