De acordo com o superintendente de Controle Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rasera, a situação no entorno da Rua Eugênio Flor só pode ser resolvida com a colaboração dos moradores, sobretudo no que se refere ao lixo. "Não temos como deixar um fiscal ali. Mesmo que não haja infraestrutura completa, temos feito a limpeza e precisamos da ajuda da população para pegar alguns flagrantes. Se tivermos a placa do caminhão [que despeja o entulho], vamos multar", promete.
Segundo Rasera, a área ao lado da rua onde o lixo vem sendo jogado é formada por dois terrenos particulares. "Estamos fazendo uma notificação preventiva para o proprietário, para que coloque cerca", revela. O ideal, segundo ele, é que os moradores continuem denunciando através do telefone 156, da prefeitura. "Não precisa se identificar", acrescenta o superintendente. Ele diz que a secretaria fez uma limpeza há dois meses na área e que agora está solicitando outra. No caso dos pneus jogados no terreno, a situação fica complicada. "A prefeitura não recolhe. Isso é responsabilidade dos fabricantes. Comunicamos a empresa e eles devem recolher", esclarece.
Notificação
Em relação à implantação da rede de esgotos, Rasera afirma que enviará uma nova notificação à Sanepar para que apresente estudo e cronograma de obras. Enquanto isso, ele reforça o pedido à população para que colabore, instalando filtros, fossa séptica e sumidouro nas residências.
A despeito do projeto Viva Barigui lançado em 2007 pela prefeitura de Curitiba e que prevê a recuperação de áreas no entorno da bacia do rio (como nas imediações do Parque Tanguá) , Rasera acredita que os esforços podem ser ampliados e o diálogo com Sanepar e outras entidades públicas deve melhorar. "Acho que nessa corresponsabilidade a gente pode avançar. Nesse caso [da Rua Eugênio Flor], que tem a participação do MP, está avançando. O que falta ainda é um cronograma da Sanepar. Não há empurra-empurra, porque o caso está sendo tratado por pelo menos três instituições".