Uma reunião convocada pela prefeitura de Curitiba, com o objetivo de negociar a dívida com a empresa Cavo, responsável pela coleta de lixo no município, afastou a possibilidade de paralisação do serviço anunciada para hoje.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a reunião será hoje à tarde e terá como pauta a apresentação do cronograma de pagamento dos valores atrasados. Diante disso, a Cavo informou, via assessoria, que não tomará nenhuma atitude antes da reunião.
Na sexta-feira, a prefeitura e o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) foram notificados pela empresa sobre a dívida do município e a possibilidade de interrupção das atividades. O ofício, repassado à reportagem pelo Siemaco, diz que a prefeitura "deixou de cumprir a sua obrigação contratual e legal de regular pagamento por período superior a 90 dias".
Segundo o documento, a prefeitura teria dívida de R$ 82,6 milhões com a empresa. A Cavo pediu, segundo o documento, um cronograma de pagamento da dívida e ameaçou, caso a regularização das pendências não seja feita, a suspensão total ou parcial das obrigações de coleta de lixo previstas em contrato.
Até o fim da tarde de ontem, o Siemaco não havia recebido uma posição da Cavo e da prefeitura, segundo o presidente da entidade, Manasses Oliveira. Uma assembleia com os trabalhadores está marcada para as 7 horas de hoje, nas unidades da Cavo nas ruas João Bettega e João Negrão.
Ontem de manhã, a assessoria de imprensa da Cavo confirmou a existência da dívida e que a empresa aguarda posicionamento da prefeitura. Porém, segundo a empresa, o montante seria maior e chegaria a R$ 120 milhões, pois na gestão do prefeito Luciano Ducci (PSB) o poder público também teria deixado de fazer repasses.
Procurada pela reportagem, a prefeitura admitiu a dívida, mas informou que o valor devido está sendo calculado e que a quantia seria menor do que a divulgada pela empresa. Informou ainda que não trabalha com a possibilidade de suspensão da coleta de lixo. Os cálculos da prefeitura serão apresentados hoje, segundo a assessoria de imprensa.
Problemas
O presidente do Siemaco, Manasses Oliveira, disse que na rotina diária os trabalhadores sentem o que pode ser um dos efeitos dessa falta de repasses. "O uniforme de verão dos trabalhadores não foi entregue. Alguns caminhões estão saindo com poucos trabalhadores para a coleta diária. Faltam também sacos de lixo", comenta. Segundo Oliveira, até o momento o salário dos trabalhadores não foi prejudicado, mas o pagamento dos vales refeição e alimentação está agendado para hoje.
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