Empresa responsável pela tecnologia já esteve envolvida em briga judicial com a Prefeitura
No ano passado, a Prefeitura de Curitibachegou a acionar a Dataprom judicialmente para a cessão do código-fonte do sistema do transporte coletivo. Como as partes chegaram a um entendimento amigável antes de qualquer manifestação da Justiça, a ação perdeu objeto.
Idoso é atropelado por caminhão no São Lourenço
Um idoso, de 62 anos, foi atropelado por um caminhão por volta das 10h desta quinta-feira (25) no bairro São Lourenço, em Curitiba. Ele estava na Avenida Anita Garibaldi, na esquina com a Rua Professor Nilo Brandão, quando foi atingido pelo veículo, conforme os bombeiros.
O homem que teve ferimentos - em princípio de média gravidade - foi socorrido e encaminhado para o Hospital Cajuru.
Um sistema que aumenta o tempo de abertura dos semáforos para a travessia de pessoas idosas e com mobilidade reduzida é testado em Curitiba. O pedestre encosta o cartão-transporte emitido pela Urbs em um dispositivo para a passagem aumenta de 12 para 18 segundos.
"Nós fizemos uma pesquisa com cerca de 500 idosos para definir o tempo médio de travessia deles", explica o diretor da escola pública de trânsito da Setran, Cassiano Ferreira Novo.
Atualmente o tempo de abertura dos semáforos para pedestres em Curitiba é calculado com base na largura da via. O padrão é um metro por segundo. Ferreira Novo afirmou que a ampliação do tempo para idosos não vai impactar na sincronia dos semáforos para veículos. "O tempo vai aumentar de três a cinco segundos, o que é quase imperceptível para o condutor", explica o diretor. "O tempo com sinal verde vai permanecer o mesmo", garante.
Como funciona
O sistema em teste é desenvolvido pela empresa Dataprom e funciona por meio de uma botoeira especial acoplada ao semáforo, que pode ser acionada pelos cartões da Urbs. Ao identificar o cartão, o semáforo abre por mais alguns segundos além do programado. O tempo de abertura é de 20% a 30% superior ao tempo de um semáforo normal em Curitiba. O projeto piloto foi instalado em um semáforo no bairro Alto da Glória, em frente ao Santuário do Perpétuo Socorro. O teste deve durar 30 dias e pode ser ampliado para outros cruzamentos. Por enquanto, o projeto não tem custos para a Prefeitura.
De acordo com Ferreira Novo, os cruzamentos que podem receber a nova tecnologia passam por um estudo da Setran. "Vamos pegar locais que tiveram mais atropelamentos fatais de idosos e locais de grande fluxo de pessoas da terceira idade e com mobilidade reduzida", explica. Os possíveis locais que devem receber a tecnologia são próximos a locais como o Instituto de Cegos, o Terminal Guadalupe, o Hospital do Idoso, a Praça Rui Barbosa e a Rodoviária.
Conscientização
Além do aumento do tempo de travessia, a Setran também pretende trabalhar com a conscientização de motoristas e pedestres. "A gente já fez isso no ano passado, com a campanha da Vó Gertrudes", explica. "Esse ano estamos trabalhando isso internamente na Setran", afirma o diretor.
A fiscalização sobre o comportamento dos condutores que colocam os pedestres em risco deve ser mais intensa esse ano, de acordo com o diretor da Setran. A orientação do Código de Trânsito Brasileiro é de que os motoristas devem aguardar o término da travessia do pedestre que a iniciou enquanto o semáforo ainda estava aberto para ele.
Segundo ele, a prefeitura deve realizar campanhas para conscientizar os condutores a respeitarem o término da travessia, além de conscientizar os pedestres a atravessarem nos locais e momentos adequados, para evitar acidentes.
Acidentes
Um dos objetivos do projeto em teste é reduzir o número de atropelamento de idosos e de pessoas com mobilidade reduzida na cidade. Segundo dados do projeto Vida no Trânsito, 40% dos pedestres que morreram em acidentes nas ruas da cidade em 2012 eram idosos. Em 2013, esse percentual foi de 35%.
No ano passado, a Prefeitura aumentou o tempo de abertura do semáforo para pedestres em 12 cruzamentos de Curitiba. "No cruzamento da Rua Westphalen com a Pedro Ivo o tempo para travessia era de seis segundos. Depois que determinamos a média de 1 metro por segundo esse tempo passou para 12 segundos", explica Cassiano.
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