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Transporte coletivo

Prefeituras de Curitiba e Araucária devem fazer integração própria

Após tentativa frustrada da Comec de resolver problemas causados por desintegração,  os municípios de Curitiba e Araucária tentam encontrar solução por conta própria | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Após tentativa frustrada da Comec de resolver problemas causados por desintegração, os municípios de Curitiba e Araucária tentam encontrar solução por conta própria (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Após as tentativas frustradas da Comec – vinculada ao governo do estado – de resolver os problemas causados em Araucária com a desintegração do transporte coletivo, as prefeituras de Araucária e Curitiba começaram uma negociação, nesta quarta-feira (15) , para tentar fazer uma integração própria. Com iniciativa da cidade metropolitana, o diálogo entre a capital e o município vizinho pretende chegar a soluções para o problema que os usuários do transporte coletivo enfrentam – como o pagamento de duas passagens pelos araucarienses que se deslocam a Curitiba. Também visa a uma possível volta de linhas que deixaram de circular recentemente. Nesta semana, esses problemas, somados ao fato de o cartão da Urbs ter deixado de ser aceito nos terminais da RMC, causaram a revolta dos passageiros Na segunda, houve protestos e depredação de ônibus em Araucária.

O prefeito de Araucária, Olizandro José Ferreira (PMDB), relatou que determinou à Companhia Municipal de Transporte Coletivo Araucária (CTMC) – o equivalente à Urbs em Curitiba – que seja feita rapidamente uma proposta para reintegrar o sistema de transporte entre as duas cidades. O político diz que ainda é cedo para dizer qual será o modelo, mas, para ele, a alternativa sai até o fim da semana. “O povo não tem e não deve mesmo ter mais paciência. Enquanto a Urbs e a Comec mantiverem o distanciamento, quem vai pagar são os municípios metropolitanos. Agora sou eu, mas daqui a pouco vai ser Campo Largo, Fazenda Rio Grande [etc]. Precisamos de uma proposta verdadeira de integração metropolitana”, reclama.

Olizandro explica que a proposta a ser construída entre CTMC e Urbs pode não ser nos moldes do que era antes, mas garante que se chegará a um ponto comum. “Posso fazer um acordo, chegar lá e dizer: ‘eu, prefeito de araucária, com a aprovação dos vereadores da cidade, vou bancar a reintegração em linhas especiais’. Posso fazer isso e estou estudando essa possibilidade. Agora, é duro saber que tem que bancar o subsídio para manter a integração.” Segundo o prefeito, o papel de gerenciar linhas metropolitanas é da Comec, tanto que no caso de costurar um acordo com a prefeitura de Curitiba, será necessário ter autorização do órgão estadual.

O secretário de assuntos metropolitanos de Curitiba, Valfrido Eduardo Prado, confirmou que a prefeitura de Araucária procurou a prefeitura de Curitiba. “Eles pretendem, nos próximos dias, chegar a uma solução de integração entre os dois municípios. Nos colocamos à disposição para o diálogo e tudo o que puder ser feito nesse sentido”, disse. Prado cita que o contato ainda é muito recente e não há detalhes sobre o possível acordo. Mas ele concorda com o prefeito de Araucária com o fato de que possivelmente será necessário uma anuência da Comec para operar linhas entre os dois municípios.

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