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Curitiba – A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou ontem um levantamento que indica que prefeituras paranaenses fecharam 84 convênios com o grupo Planam, acusado de vender aos municípios ambulâncias com valores superfaturados. Foram analisados 3.048 convênios entre os anos de 2000 e 2004, dos quais 891 têm a participação da empresa. Os donos da Planam foram presos pela Operação Sanguessuga da Polícia Federal, no Mato Grosso, em maio deste ano.

O Ministério da Saúde recolheu em todos os estados do país as prestações de contas dos convênios já executados e que envolviam ambulâncias e repassou à CGU. Com as informações, os auditores cruzaram dados para registrar as emendas parlamentares que originaram os recursos públicos. Com isso foi possível indicar prefeituras, deputados, senadores e ex-parlamentares suspeitos de envolvimento com as fraudes. Vários deles, inclusive, não estão sendo investigados pela CPI dos Sanguessugas.

"Não podemos afirmar que, em todos os 891 casos, há irregularidade, mas há presença de empresas do grupo Planam. Isso é um indício fortíssimo de fraude, mas não temos provas documentais", diz o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União.

O Paraná é o terceiro estado com o maior número de convênios fechados com a Planam. Ficou atrás apenas do Mato Grosso (163) e Rio de Janeiro (144). De acordo com o levantamento da CGU, a empresa recebeu R$ 78,9 milhões com os convênios. Segundo o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o esquema de fraudes existia provavelmente desde 1998.

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