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Curitiba

Prejuízo causado por agência de turismo que faliu já chega a R$ 1 milhão, estima a polícia

 | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
(Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná)

A Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), da Polícia Civil, estima que o prejuízo causado pela operadora de turismo Interlaken aos clientes já chega a R$ 1 milhão. Segundo o delegado titular da unidade, Guilherme Rangel, ao menos 20 vítimas procuraram a especializada somente nesta segunda-feira (4), volta do recesso de fim ano. Ele ressaltou que há quase 50 boletins de ocorrência registrados desde o dia 26 de dezembro do ano passado, quando a empresa anunciou o encerramento de suas atividades pela rede social Facebook.

“Tem casos de vítima que perdeu R$ 70 mil”, comentou o delegado. Rangel explicou que a equipe de investigadores da Delcon está desde o começo da tarde desta segunda-feira atrás dos sócios da empresa para intimá-los a comparecer em interrogatório na delegacia. A operadora Interlaken tinha três agências em Curitiba (duas delas em shoppings da capital).

“Após 30 anos de serviços prestados ao segmento de turismo, infelizmente encerramos as nossas atividades em função da crise econômica. Lamentamos muito o ocorrido e faremos o possível para sanar individualmente os danos causados a cada um dos clientes”, dizia o comunicado publicado na rede social.

Para o delegado, a investigação já caracterizou a má-fé da empresa. A apuração, segundo Rangel, já aponta para os crimes contra a relação de consumo. A pena para esses crimes contra o consumidor é de dois a cinco anos de detenção ou multa. O delegado explicou que a empresa induziu o consumidor e usou propaganda enganosa para aplicar um golpe.

“Por que a empresa não abriu um processo de falência, recuperação judicial? Se estava fechando, por que não manteve alguém para informar seus clientes, ainda mais nesta época do ano?”, questionou o policial.

De acordo com a polícia, há casos de lua-de-mel comprometida, viagem para o exterior com família inteira, vouchers falsos, pacotes incompletos como falta a passagem aérea ou a hospedagem.

O advogado da empresa Rafael Nunes informou que a Interlaken não vai se pronunciar no momento. Segundo ele, a agência mantém o que afirmou nos últimos dias de 2015.

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