Municípios paranaenses vêm aproveitando a trégua das chuvas intensas que atingiram o estado entre 19 de junho e 1.º de julho para fazer um balanço dos prejuízos causados por deslizamentos de terra, erosões, inundações e alagamentos. Até ontem, dez municípios em situação mais crítica no estado consultados pela reportagem já calculavam danos que ultrapassavam os R$ 40 milhões. A maioria das perdas está relacionada a estradas rurais e a atividades privadas.
Em União da Vitória, no Sul do estado, os estragos chegam a R$ 21 milhões, segundo a prefeitura. "É o que gastaríamos para recuperar tudo", define Márcio César Roieck, chefe local de operações da Defesa Civil. Ele relata que o maior problema provocado pelas inundações abrange estradas rurais e setores que dependem destas vias, como a agropecuária e indústria.
"As estradas ficaram danificadas e isso prejudicou entregas, como a de hortifrutigranjeiros. Teve comércio que não conseguiu receber as mercadorias", explica Roieck. Pontes e a pavimentação asfáltica também entraram para a lista dos estragos, demandando R$ 1,5 milhão para readequação.
Os danos na agricultura também chamaram atenção em Douradina, na Região Noroeste. A chuva deixou um rastro de R$ 10 milhões em perdas, sendo R$ 5 milhões só neste setor. Os prejuízos com estradas estão na casa de R$ 1,5 milhão. "Na zona rural tivemos ainda a perda de mais de mil cabeças de gado por afogamento, maquinários que ficaram submersos, lavouras de arroz e pastagens", conta a assessora da prefeitura, Jandira Sorrilha. Segundo ela, o município vai buscar ajuda financeira junto aos governos estadual e federal para se recuperar.
Projetos
Secretário de Obras de Laranjeiras do Sul, Huneri Piovesan comenta que os danos na cidade devem ficar entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. A situação começou a ser levantada depois que a água baixou, mas já se sabe que houve no perdas de produção de leite e danos em casas e estradas.