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Prejuízo com desvio de cargas é de R$ 1,7 mi

Policiais cumprem mandados de prisão no Porto na quarta-feira, dia da operação: total de presos chegou a 71 ontem | Bianca Marchini/Gazeta do Povo
Policiais cumprem mandados de prisão no Porto na quarta-feira, dia da operação: total de presos chegou a 71 ontem (Foto: Bianca Marchini/Gazeta do Povo)

O desvio de cargas no Porto de Paranaguá causou um prejuízo de pelo menos R$ 1,7 milhão às empresas que tiveram seus produtos furtados. O valor, ainda parcial, foi divulgado ontem pela Polícia Federal (PF) que investiga o caso desde o ano passado na operação batizada de Colônia. O maior déficit foi causado às empresas de fertilizantes, com perdas na ordem de R$ 800 mil. O setor de grãos foi a segunda maior vítima, com R$ 500 mil em desvios, à frente apenas do óleo de soja, que teria perdido cerca de R$ 435 mil em mercadorias.

A notícia sobre o prejuízo financeiro ainda não havia sido repassada às empresas que foram vítimas da fraude. Elas serão chamadas para prestar depoimento mas, de acordo com a PF, ainda não há data para que isso ocorra em razão do alto número de presos e depoimentos que serão realizados.

De dezembro do ano passado até o fim de setembro deste ano, as investigações apontaram para desvios de, pelo menos, 490 toneladas de grãos, 1.138 toneladas de fertilizantes e 290 toneladas de óleo de soja. De acordo com a polícia, os casos de retiradas irregulares do óleo ocorreram cerca de dez vezes durante as diligências.

O diretor da empresa Catallini, que presta serviços no setor de óleo de soja, Cláudio Fernando Daudt, afirma que a companhia não tomou conhecimento do teor das investigações. "Ainda não sabemos de nada", diz. Dois balanceiros da empresa estão entre os detidos. Eles seriam peças principais no esquema. A polícia acredita que eles lançavam as notas de carregamentos fictícios que chegavam à empresa.

Daudt deixou claro, porém, que apesar de não ter informações sobre o caso, os clientes da Cattalini não foram afetados. A empresa Andali, que armazena fertilizantes, seria outra vítima, assim como a Yara. O gerente comercial da Andali, Élvio Piekarski, informou que os diretores da empresa se reuniriam, na tarde de ontem, para falar sobre o caso, mas não se pronunciariam. Eles também relatam desconhecimento sobre a Operação Colônia. A empresa Yara foi contactada, mas não respondeu à reportagem.

Uma das empresas acusada de ser receptadora das cargas desviadas, a Solo Vivo, tem sede em Paranaguá. O gestor judicial da firma, que pediu para não ter o nome divulgado, disse não ter informações sobre o que aconteceu. Ele acredita que há equívocos sobre o envolvimento da Solo. A empresa, de acordo com ele, teve problemas econômicos e passa por uma recuperação judicial.

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