Os dois temporais que atingiram Maringá no dia 15 deste mês e na última quarta-feira causaram prejuízos superiores a R$ 1,2 milhão. A estimativa é da prefeitura e da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel). "Ainda estamos fazendo o levantamento, porque foi muita coisa", explica o secretário municipal de Serviços Públicos de Maringá, Diniz Afonso. "Vamos verificar caso a caso."
O valor estimado leva em conta indenizações para moradores cujas casas foram danificadas e proprietários de veículos atingidos por árvores. A estimativa inclui contratação de mão-de-obra terceirizada, gastos com combustível, reposição de telhas, reforma na pavimentação e outras situações de trabalho extraordinário, que só deve acabar em meados de outubro e que pode aumentar nos próximos dias, já que há riscos de que mais árvores caiam, pois os troncos e galhos estão encharcados. Além disso, há árvores presas por cabos da rede elétrica.
De sexta-feira até a tarde de ontem foram registradas 330 quedas de árvores, sendo 18 sobre automóveis e 27 sobre casas. Entre elas está a de Alzira Gonçalves Avelino, 65 anos, na Rua Vitória, Vila Esperança, onde uma sibipiruna caiu na quarta-feira. Parte do telhado e alguns móveis foram destruídos. "Levei um susto", lembra. "Nem consigo dormir à noite quando chove."
O contribuinte que quiser cobrar indenização deve registrar seu caso na Praça de Atendimento, no Paço Municipal, ou na Secretaria de Serviços Públicos. Um técnico vai ao local e faz um laudo para avaliar se é ou não responsabilidade da prefeitura.
Segundo a Copel, 40 postes quebraram e cerca de 85 mil consumidores ficaram sem energia elétrica por algum tempo entre sexta-feira e domingo. Os gastos com a reparação dos postes, cabos e transformadores devem ficar em R$ 200 mil.
Para recuperar a cidade, a prefeitura disponibilizou 120 servidores e 180 trabalhadores de empresas terceirizadas. Já a Copel mobilizou pelo menos 150 profissionais.