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transporte público

Prejuízo por causa dos “fura-catracas”chega a R$ 59 mil por mês em Curitiba

 | Valterci Santos/ Gazeta do Povo/Arquivo
(Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo/Arquivo)

“Pular catraca” para andar de ônibus sem pagar passagem não é coisa rara em Curitiba. A prefeitura da capital estima que, em média, 600 passageiros utilizam diariamente o transporte coletivo de maneira irregular, sem pagar tarifa. Apoiando-se no preço atual da passagem, que é de R$ 3,30, o ato – muitas vezes feito coletivamente – gera um prejuízo de R$ 59,4 mil por mês aos cofres públicos municipais.

A situação não tem apenas influenciado negativamente os cálculos do sistema de transporte como afeta também a rotina de motoristas e cobradores de Curitiba. De acordo com o sindicato da categoria, o Sindimoc, muitos destes trabalhadores já acabaram feridos por tentar evitar o acesso irregular aos ônibus.

Por isso, a entidade realiza desde esta quinta-feira (15) uma campanha de conscientização contra os “fura-catracas”. As atividades, que envolvem conversas e distribuição de panfletos, são feitas estrategicamente próximo às estações-tubo onde este tipo de ocorrência é mais comum: Detran (entre Capão da Imbuia e Tarumã), Joaquim Nabuco (entre Santa Cândida e Tingui), Holanda (Boa Vista), U.S. Campo Comprido e Morretes (Portão).

O levantamento é do próprio sindicato, que informa haver um descontrole nestas áreas principalmente por causa de estudantes de colégios próximos.

“A gente está tentando mostrar à população o transtorno que isso causa para motoristas e cobradores”, comenta Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc. “Essas pessoas acham que o que fazem é invasão. Mas não existe invasão. Existe alguém que paga pelo transporte coletivo para ele rodar”, acrescenta.

Desde o fim do mês passado, o sindicato comanda também uma campanha virtual em que pede para que as pessoas denunciem casos de “pula-catraca” para a entidade – o que pode ser feito por meio de um vídeo capturando o momento das “invasões. Até a manhã desta sexta-feira (16), seis vídeos já haviam parado nas mãos do sindicato, que pretende dar um fim investigativo a estas imagens.

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