Um relatório preliminar da Prefeitura de Londrina aponta um prejuízo de R$ 92,9 milhões com o temporal da semana passada. O dado foi divulgado nesta terça (19) e atualiza os valores informados anteriormente, quando as perdas eram computadas em R$ 50 milhões. O montante de quase R$ 100 milhões inclui a destruição e as avarias em 34 pontes, danos em 400 quilômetros de estradas rurais, problemas em 78 escolas – sendo que 13 foram interditadas –, prejuízos em 15 unidades de saúde e 507 residências, além da destruição dos parques Arthur Thomas e Daissaku Ikeda.
O documento foi entregue pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) para o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que também esteve em Londrina e Maringá nesta terça para se reunir com representantes da região e verificar os estragos. Londrina aguarda o reconhecimento da situação de emergência para que os recursos federais e estaduais sejam liberados.
“Nosso orçamento não prevê esse tipo de circunstância nessa escala de grandeza. Se for necessária a diminuição dos investimentos programados, nós vamos dirigir recursos para a recuperação da nossa infraestrutura dentro de um cronograma de razoabilidade. Se não vierem os recursos dos governos estadual e federal em escala importante, a recuperação se prolongará por mais tempo”, disse Kireeff.
Ainda durante a reunião, o governo estadual anunciou um desconto de 20% na tarifa de água e esgoto para os maringaenses que ficaram desabastecidos nos últimos dias por conta dos problemas com o temporal. Também haverá descontos proporcionais aos dias sem água para os moradores afetados em Londrina – incluindo os distritos de Guaravera e Guairacá - , Cambé, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Nova Esperança e Wenceslau Braz.
Richa também informou que a Sanepar estuda novas formas de evitar o desabastecimento em momentos de desastres. No caso da região de Maringá, já foi anunciada a mudança do ponto de captação de água no Rio Pirapó, a perfuração de novos poços artesianos e o início dos estudos de viabilidade técnica para o aproveitamento do Rio Ivaí como nova fonte de abastecimento.
O ministro não revelou os valores que podem ser destinados para Londrina e nem deu uma data para que isso ocorra. Mas garantiu que existe recurso para esse auxílio. Os valores devem ser repassados logo após a homologação da situação de emergência pela Defesa Civil nacional e a elaboração dos planos de resposta e reconstrução.
Fundo
Outra medida anunciada nesta terça-feira (19) foi a criação de um fundo no Paraná para enfrentar os danos causados por desastres naturais.O governador Beto Richa (PSDB) – que também esteve em Maringá, e participou de uma reunião com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi – revelou a intenção do governo do Paraná. O Executivo, porém, ainda não definiu como será esse fundo e de onde serão realocados os recursos.
O encontro, que contou ainda com prefeitos da região, discutiu o enfrentamento dos danos causados pela forte chuva que caiu neste mês no estado.
Em entrevista para à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do Paraná, Richa informou que, diante da ausência de um fundo específico como esse, é preciso remanejar recursos de outras áreas do Executivo para atender as situações emergenciais.
“Com o fundo, teríamos recursos necessários para atender com mais agilidade situações que possam acometer os municípios paranaenses”, afirmou o governador.
No Paraná, conforme a Defesa Civil, são 56 municípios atingidos com alguma forma de desastre ambiental. Oito já decretaram situação de emergência, dois estão na lista de calamidade pública e outros oito também devem decretar estado de emergência nos próximos dias.
Ministro avalia estragos no PR
Occhi veio ao Paraná acompanhado secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior. Em Maringá, eles se reuniram com mais de 20 líderes políticos de municípios vizinhos. O objetivo do encontro, segundo Occhi, foi ouvir os relatos e orientar os prefeitos da forma correta de solicitar recursos federais para reconstruir as cidades prejudicadas.
De acordo com o ministro, mesmo que o município não atinja o índice estabelecido pela Defesa Civil em casos de desastres ambientais, é preciso abastecer o sistema nacional com todas as informações sobre a situação.
“É preciso informar sempre. Só assim tomaremos conhecimento da dimensão do problema. E se um município não se encaixa num primeiro momento, mas na sequência sofre com outro desastre, o prejuízo se acumula e o governo federal reconhece que deve ajudar”, explica o ministro.
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