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1º Substrato– Para semear as flores, deposite as sementes em uma caixa – se possível com divisões – cheia de substrato, que pode ser comprado em casas de jardinagem ou produtos agrícolas. O composto é indicado para germinação | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
1º Substrato– Para semear as flores, deposite as sementes em uma caixa – se possível com divisões – cheia de substrato, que pode ser comprado em casas de jardinagem ou produtos agrícolas. O composto é indicado para germinação| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

Sem perder o ponto

Manter um jardim bem cuidado e bonito só depende de você. Confira alguns cuidados básicos que vão garantir a saúde de flores e plantas:

• Faça as podas no ápice das plantas em que hajam brotações laterais e uma maior floração. A dica vale principalmente para aquelas espécies que possuem flores nas pontas dos ramos, como ixoras e gardênias;

• Na hora de escolher a espécie de flor para o seu jardim, opte por aquelas naturalmente resistentes e nativas da região. Isso evita maiores problemas, por exemplo, com variações de temperatura e excesso de sol ou sombra;

• Cada planta tem uma necessidade específica de água. Então informe-se se a flor que você possui precisa de mais ou menos irrigação. O certo é que o ato de regar deve ser feito em intervalos regulares e, de preferência, com regadores que possuam ralo pequeno e furos finos;

• Na hora da irrigação, atenção: é preciso também atingir o perfil do solo, que é a camada exatamente abaixo da superfície.

Com que planta eu vou?

Cada tipo de planta ou flor está adaptada a um tipo de temperatura. Na primavera, é preciso de flores que resistam melhor ao calor. Confira algumas espécies que florescem na estação: Agapanto, ageratum, avenca, azálea, bromélia, buquê-de-noiva, cactos, calêndula, cravinas, crisântemo, dália-anã, deutzia, flor-de-mel, gérbera, girassol, gomphrena, hera, jasmim, lírio, margaridas, onze-horas, orquídea, petúnia, phlox, pomponete, rosa, sálvia, samambaia, tagetes, trepadeiras, tulipa, verbenas, violetas e zínias.

Adubo natural

Para ter um jardim adubado, não é preciso recorrer apenas aos NPKs da vida. Os adubos orgânicos podem substituir os químicos e você pode fazer a compostagem no próprio jardim. A professora Mariana Grassi afirma que, em um local à sombra, podem-se depositar todas as folhas secas, galhos e ramos que forem podados, misturando bem todos esses elementos. Cada vez que for adicionar mais materiais, é preciso regar a mistura com água e ureia, em uma proporção de um regador de água para cada copo de ureia, sem encharcar. "Após dois a três meses, já é possível utilizar o composto incorporado ao solo, servindo com fonte de nitrogênio para as plantas", explica.

  • 2º Repicada– Depois de um mês, quando a muda já estiver com a raiz forte, pode ser feita a transferência para um recipiente com terra – pode ser até uma bandeja de iogurte, por exemplo. Depois de
  • 3º Terra– Antes de receber as flores, é preciso preparar o canteiro. A terra deve ser mexida, aerada. Isso facilitará a penetração de água, que levará os nutrientes contidos nos adubos usados na preparação da terra
  • 4º Plantio– As covas para plantio dependem do tamanho da planta: variam entre 20 centímetros, para espécies da estação, até 40 centímetros, para as perenes. Deixe um espaço entre cada muda e cuide diariamente até que floresçam!

Está na hora de começar a se despedir da petúnia, da boca-de-leão e do amor-perfeito. Em breve, essas flores deixarão seu espaço nos jardins para as espécies da nova estação. Depois de um inverno rigoroso – com direito a geadas e até neve –, já é tempo de se preparar para a chegada da primavera, que dá as caras no Brasil no dia 22 de setembro. Garantir um espaço florido exige planejamento, preparo da terra e seleção das plantas. Só não é preciso mexer com os anõezinhos do jardim.

INFOGRÁFICO: Kit de ferramentas essenciais para cuidar do jardim

O engenheiro agrônomo e professor de paisagismo do Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (CEPDAP), José Fernando Rios, lembra que a mudança de estação não altera apenas a temperatura ambiente, mas o próprio metabolismo das plantas. Enquanto no inverno elas estão em um estado de dormência, a chegada da primavera acelera o metabolismo, o que faz com que elas necessitem de água e nutrientes adequadamente. "Para que as plantas se desenvolvam, é preciso que o solo ou o substrato sejam bem manejados para regular a disponibilidade dos nutrientes e água para as raízes", explica.

Para preparar a terra, o segredo é começar com uma boa aração ou afofamento, que varia de acordo com o tipo de planta que será cultivada – se é perene ou da estação. Se o solo for ácido, é preciso fazer uma correção com aplicação de calcário. Na sequência, se faz a adubação.

A diretora do Departa­mento de Produção Vegetal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Erica Mielke, lembra que o ideal é esperar até 15 dias depois de preparar a terra para iniciar o plantio. Nesse período, o adubo é diluído na terra e servirá melhor às plantas.

Quem quiser fazer o plantio das sementes em casa deve começar agora. O período de cultivo da muda é demorado até que ela atinja o tamanho ideal para ser transferida para o jardim. No Horto Municipal, por exemplo, já foram semeadas as primeiras mudas de flores, como petúnias, que irão substituir o amor-perfeito nos parques e canteiros de Curitiba. Isso porque a troca só deve ocorrer em meados de setembro.

Escolha certa

Como há muitas opções de flores e plantas, a engenheira florestal e mestre em fitotecnia Mariana Grassi, que também é professora de paisagismo do CEPDAP, aconselha que antes da escolha, o interessado em um jardim de primavera dedique um tempo para conhecer as características de cada planta. "É preciso saber como funciona a iluminação natural do jardim, percebendo locais de sol, meia-sombra e sombra", conta.

Aprenda a preparar a terra para semear suas flores de primavera:

Passo a passo

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