O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) prendeu uma enfermeira acusada de abusar sexualmente de crianças nesta quarta-feira, em Cornélio Procópio, região Norte do Paraná. De acordo com a Polícia, a mulher teria abusado de crianças atendidas no posto e saúde local e de sua própria filha, de sete anos.
Identificada apenas como "Flor", a enfermeira foi presa pelo Nucria quando saia de casa para trabalhar. A Polícia chegou até ela por meio de uma investigação conjunta com a Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, no interior de São Paulo. Os policiais paulistas pediram o apoio do Nucria para as investigações que apontavam para um homem, acusado de pedofilia e que teria ligações com "Flor".
A ação da Polícia identificou que ambos trocavam material pornográfico pela internet e por meio de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, a Polícia identificou a prática de pedofilia envolvendo a mulher presa em Cornélio Procópio e o amigo paulista. "A Flor colocava a filha para falar com o outro acusado pelo telefone. Enquanto ele dizia obscenidades, ela praticava sexo oral e manipulava os órgãos genitais da própria filha", disse a delegada do Nucria, Ana Cláudia Machado.
De acordo com a delegada Ana Cláudia, nas conversas telefônicas a acusada admitia o abuso de crianças no posto de saúde em que trabalhava. Entretanto, negou essa afirmação em depoimento na tarde de quarta-feira. "Ela não teve como negar o abuso contra a filha. Mas na hora de falar sobre os abusos no posto de saúde, conforme ela contava ao amigo em São Paulo, ela negou tudo", disse.
A filha da enfermeira foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) local para passar por exames que comprovem o abuso. Além disso, a criança deve passar por avaliações psicológicas. "Os resultados devem sair nos próximos dias e serão anexados ao inquérito", afirmou a delegada. A menina ficará provisoriamente com o pai, que é separado de Flor.
A mulher permanece presa na Delegacia de Cornélio Procópio e deve responder pelo crime de "atentado violento ao pudor". Se for condenada, pode pegar uma pena de seis a dez anos de prisão.
O Nucria coloca à disposição um telefone para outras denúncias de pedofilia em Cornélio Procópio e outras cidades do estado. Denúncias: 41-3244-3577.
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