Um grupo de jovens acusado de ser responsável por vários roubos a residências de luxo em Curitiba e região metropolitana foi desmantelado na manhã desta segunda-feira (9). Foram presas dez pessoas e apreendidos quatro adolescentes. Oito deles foram detidos em uma festa rave, entre sábado (7) e domingo (8), na região da capital.

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A suposta quadrilha é acusada de ter matado o médico neurocirurgião Carboni Júnior, 54 anos, no bairro Mossunguê, durante o assalto a casa da vítima, em fevereiro deste ano.

De acordo com a polícia, além dos roubos, o grupo traficava drogas, vendendo para pequenos traficantes e para usuários diretos. "Foram quatro meses de investigação. O carro chefe da quadrilha era o roubo a residência, mas estavam envolvidos com outros crimes", afirmou o delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba (DFR), Francisco Caricati.

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Os acusados ainda são suspeitos de terem assaltado as casas de um desembargador, um juiz federal, um delegado de polícia civil e um promotor de justiça. Segundo Caricati, eles devem ser autuados por roubo, formação de quadrilha, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A polícia cumpriu durante toda fase de investigação e na operação de hoje 50 mandados de busca. Foram expedidos 17 mandados de prisão preventiva. A equipe da DFR ainda está atrás de três adolescentes.

Todos os suspeitos presos nesta segunda-feira negam as acusações da polícia.

Violência

O delegado ainda conta que o grupo agia com muita violência durante os assaltos. Há registros de que os criminosos mantinham as vítimas por mais de uma hora dentro das residências com agressões físicas e verbais. Em um dos casos, o delegado de polícia que foi vítima do grupo recebeu várias coronhadas na cabeça, mas acabou conseguindo reagir ao assalto.

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Na época, os suspeitos fugiram. "Eles buscavam joias, roupas de grife e bolsas femininas caras, além de moeda estrangeira", explica Caricati.

Modus operandi

Segundo a polícia, o grupo mantinha um esquema muito organizado para cometer os assaltos. Primeiro, era articulada as rondas em bairros de alto padrão.

Identificada a região, eles ficavam de plantão para conhecer a rotina das próximas vítimas. Muitas vezes, de acordo com o delegado, usavam prestadores de serviço disfarçados para conhecer o dia a dia das famílias. Depois de descobrir como as vítimas viviam, os criminosos faziam a abordagem na entrada das casas.

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