Presa quadrilha que teria ligações com facção criminosa

Atualizado em 12/06/2006 às 18h01

Quatro homens e uma mulher que teriam ligações com uma facção criminosa de São Paulo foram presos e acusados de tráfico de drogas. Eles foram pegos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na última sexta-feira, mas as prisões foram divulgadas apenas nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). As pessoas foram localizadas após depoimentos de pessoas que foram presas pelo Cope em maio e junho deste ano.

"Todos os detidos têm conexão com uma facção criminosa e todos têm relação com as quadrilhas que prendemos no último mês e também agora em junho", disse o delegado Rodrigo Brown, do Cope. Ele afirmou na tarde desta segunda, de acordo com a Sesp, que os cinco detidos têm forte vínculo com Jefferson Frank Spagnuolo, de 32 anos. Ele foi preso acusado de operar uma central telefônica clandestina que vendia linhas para detentos e intermediava teleconferências entre presidiários de todo o país.

A polícia suspeita ainda que a quadrilha tenha relações com Marcelo Claudino da Cruz, 27. Este, conforme informações da Sesp, é integrante de uma quadrilha apontada como responsável pelas mortes de um servidor público e do filho de um agente penitenciário, além de um atentado frustrado com uma granada no bairro Jardim Social.

Acusados

Esteves André Martins Goetten, 20, foi preso em casa, junto com Carlos Eduardo da Silva Ramos, 21, no Alto Maracanã, em Colombo, município da região metropolitana de Curitiba. No local, foi apreendido um quilo de crack. Com Ramos, que tem antecedentes criminais por roubo e porte ilegal de arma, foi apreendida uma pistola calibre 765. Goetten é foragido do Sistema Penitenciário do Paraná e tem antecedentes por porte ilegal de armas e tentativa de homicídio.

O delegado afirmou que chegou aos outros três acusados por meio do próprio Goetten, que levou os policiais até uma casa no bairro Abranches, em Curitiba. Segundo o acusado, no local estaria hospedado um grupo que teria trazido grande quantidade de droga de São Paulo para ser distribuída no Paraná.

Após passar o dia vigiando a casa, por volta das 20h de sexta-feira a paulista Daiane Andressa da Silva Fagundes, 19, Anderson Richieri Nicolau, 29, e Ângelo Silva Júnior, 23, foram presos pouco depois de entrarem na residência. Na casa, foram apreendidas 30 pedras de crack prontas para serem vendidas e uma bucha com 30 gramas de cocaína. "É possível que eles tenham apresentado nome falso, o que não nos permitiu saber, ainda, se têm antecedentes criminais", disse o delegado.