Presa quadrilha que usava falso médico para distrair vigilantes de banco

Quatro homens foram presos, em Curitiba na sexta-feira (20), suspeitos de integrar uma quadrilha que teria praticado pelo menos nove assaltos a agências bancárias na capital nos últimos cinco meses. Os suspeitos foram apresentados nesta segunda-feira (23) na sede Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na Vila Hauer.

Foram detidos, Marcos Souza dos Anjos, 33 anos, Criselmo Rogério Serbelo, 34, Eloir Aschembrener, da mesma idade, e Marcio Fernando Soares Pereira, 32 anos. Marcos dos Anjos, apontado como chefe da quadrilha, foi preso em uma loja de carros no Uberaba. Os outros foram detidos no bairro Pinheirinho. Com o grupo a polícia apreendeu uma pistola, um martelo, munição e um carro, que seria usado nos assaltos.

O grupo ficou conhecido como a gangue do "guarda-pó", por usar um falso médico para prender atenção dos vigilantes dos bancos. De acordo com a polícia, enquanto os seguranças estavam distraídos, um segundo integrante da quadrilha colocava um objeto no compartimento de metais e entrava na agência. Esse integrante do grupo esperava a chegada do terceiro membro da quadrilha, que passava armas pelo compartimento.

Segundo a Sesp, os assaltos duravam três minutos, em média, e foram realizados em um período de cinco meses. Os quatro homens eram foragidos da Justiça. Eles também são suspeitos de assaltar uma joalheria na capital, uma agência bancária em Presidente Prudente, interior de São Paulo, e um supermercado em Santa Helena, no Oeste do Paraná. O delegado-chefe do Cope, Alexandre Macorin, disse que a "quadrilha do guarda-pó" foi a que mais assaltou agências bancárias nos últimos meses. "Eles agiam com extrema frieza, todos tem acima de 30 anos e são assaltantes profissionais", afirmou.

Em um dos assaltos, ocorrido em 9 de fevereiro, no bairro São Braz, um vigilante ficou ferido. No assalto ao supermercado de Santa Helena, os bandidos mataram o vigilante do estabelecimento.

A polícia ainda procura um quinto integrante do grupo. Os quatro detidos até agora já têm passagens pela polícia por roubo e receptação.