| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

É com túnicas coloridas e canções acompanhadas por violão que voluntários que compõem o presépio vivo do Hospital Nossa Senhora das Graças têm anunciado o Natal aos pacientes da instituição. O grupo começou a se apresentar nesta segunda-feira (19) na entidade. A cada quarto visitado, entram Maria, José e o Menino Jesus para levar uma mensagem de esperança a quem está internado. A meta é, até a próxima quinta-feira (22), percorrer todos os 250 leitos do hospital, incluindo a ala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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Criado há nove anos, o presépio vivo é formado por cerca de 30 pessoas. Funcionários do hospital e seus familiares vestem trajes que remetem ao dia em que Jesus nasceu e ensaiam músicas típicas do período. A apresentação pelo hospital também conta com reis magos, anjos e a participação de religiosos ligados à entidade. A iniciativa, ao ganhar os corredores, proporciona um novo clima ao ambiente. Neste ano, cães do projeto Amigo Bicho, pioneiro na visitação a hospitais no Paraná, também devem participar vestindo roupinhas de animais que, na Bíblia, estavam próximos à manjedoura de Jesus.

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“É um momento de muita emoção. A esperança que eles trazem é tudo o que precisamos”, diz a corretora de imóveis Rosângela Aparecida Cristaldo de Souza, 48 anos. Ela está se preparando para doar a medula óssea para o filho Sérgio, de 13 anos, no dia 24 de dezembro. “Deus está nos dando uma nova chance”, define.

O filho de Sidinéia Rodrigues Zanatta, 34 anos, está há quatro meses internado no Nossa Senhora das Graças. Caique, de 11 anos, passou há pouco tempo por um transplante de medula. Para Sidnéia, o presépio vivo deu uma nova cor à rotina hospitalar da família. “É como se fosse uma renovação para nós”, afirma.

Para a professora aposentada Isalina Galicioli, 70, que acompanhava o marido, Alcir, 73, o presépio vivo transmite o verdadeiro significado do Natal a pacientes e acompanhantes de quem precisa passar essa época do ano internado. Ela considerou a apresentação como uma surpresa boa em um momento de dificuldade para muitos. “Vemos que Deus está conosco o tempo todo. O Natal é isso: solidariedade, partilha, esperança”, observa.

Coordenadora de Comunicação do hospital, Melise Gieck Bochnia, de 33 anos, faz o papel de Maria pela nona vez. Ela conta que toda a ação começou porque os funcionários sentiam a necessidade de uma maior humanização na relação com os pacientes. Hoje, eles também ganham com a ação. “É muito gratificante. Queríamos fazer algo a mais por eles e o sentido do Natal é esse, fazer algo de verdade pelo outro”, conta.

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