Brasília Em meio a desavenças políticas, o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), resolveu deixar para depois do segundo turno das eleições os depoimentos mais polêmicos sobre o escândalo, justamente os dos quatro ex-ministros da Saúde. Os tucanos José Serra, eleito governador de São Paulo, e Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba (SP), vão depor no dia 7 de novembro. No dia seguinte, será a vez do petista Humberto Costa (PE) e do deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG). Os convites para os depoimentos dos ex-ministros foram aprovados em uma tumultuada sessão da CPI, na semana passada.
A CPI vive uma crise entre governistas e oposição, com troca mútua de acusações sobre o uso político e eleitoral dos trabalhos da comissão.
Além dos depoimentos dos quatro ex-ministros da Saúde, Biscaia marcou também a ida à CPI, no dia 14 de novembro, do petista Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, que foi citado como um dos envolvidos na tentativa de compra do dossiê Vedoin contra tucanos. Na terça-feira que vem estão marcados os depoimentos de três petistas: Jorge Lorenzetti, ex-chefe de inteligência da campanha de Lula; Gedimar Passos, ex-agente da Polícia Federal, e o empresário Valdebran Padilha, que foram presos com o R$ 1,75 milhão.
A comissão ainda não marcou os depoimentos de Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência da República, Oswaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho e Hamílton Lacerda, ex-assessor da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo. As convocações dos quatro depoimentos já foram aprovadas pela CPI.
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