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Brasília – Mais cobiçada entre as estatais, a presidência da Petrobrás não estará disponível, pelo que sinalizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à Venezuela semana passada. Sérgio Gabrielli é forte candidato a permanecer no cargo. E nas seis diretorias deve haver poucas mudanças.

A maior parte da diretoria da Petrobrás é composta por funcionários de carreira – ainda que alguns estejam na função por indicação política –, e Lula não pretende mexer na empresa, que tem apresentado excelentes resultados. Atualmente, entre a diretoria, apenas Sérgio Gabrielli e o diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, não são funcionários de carreira.

O orçamento da estatal para o próximo ano é da ordem de R$ 38 bilhões. Para se ter uma idéia, o orçamento da União, sem incluir as estatais, prevê investimentos totais de R$ 17,6 bilhões para 2007. O governo mantém o controle das ações da Petrobrás, mas 60% do capital estão nas mãos de acionistas privados. Sociedade de economia mista, a Petrobrás está submetida a regras internacionais.

A diretoria mais cobiçada é a de Exploração e Produção, que tem o maior orçamento e mexe com a atividade-fim da empresa. Ano passado, com o poder da presidência da Câmara, o então deputado Severino Cavalcanti não teve dúvidas: seu principal pleito era a diretoria "que furava poço e achava petróleo". Suas pretensões não foram atendidas por Lula. Mas, mesmo com a renúncia de Severino, o PP ainda sonha com o cargo.

Com atrativos menores, mas ainda valiosos, outros órgãos também alimentam o sonho de consumo de aliados de Lula, mas dificilmente os neo-amigos se sentarão nessas cadeiras, cujos ocupantes foram escolhidos a dedo pelo próprio presidente.

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