Curitiba O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, fez ontem duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a Curitiba para dar apoio à candidatura de Rubens Bueno (PPS), ao governo do Estado. E demonstrou que o clima até agora morno da campanha presidencial pode esquentar nesses últimos 15 dias antes da eleição. Segundo o pefelista, o governo federal deu aos candidatos petistas derrotados no pleito de 2002 uma espécie de "seguro-desemprego" com a distribuição de cargos públicos, principalmente por meio da criação de 15 ministérios.
"É um governo que não se dá ao respeito, que não prima pela decência. Todo dia tem um fato novo de corrupção, é uma bandalheira", afirmou o pefelista, referindo-se também ao processo aberto pelo Tribunal de Contas da União na última quarta-feira para a investigação de indícios de superfaturamento em dois contratos feitos pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com duas agências de publicidade.
Tanto o ex-ministro do Secom, Luis Gushiken, quanto o publicitário Duda Mendonça foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República no escândalo do mensalão, a compra de votos de parlamentares no Congresso denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB- RJ) em 2005.
O senador disse ainda estar certo da presença do candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, no segundo turno das eleições pela grande quantidade de votos brancos e nulos identificada nas últimas pesquisas de opinião.
"A campanha da nossa coligação foi feita dentro de uma estratégia que para mim está correta. Alckmin era conhecido apenas em São Paulo e não no restante do Brasil. Primeiro mostramos quem ele era. Num segundo momento lançaremos o conjunto das suas propostas na semana que vem, sem deixar de citar os escândalos de Lula", afirmou.
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