São Paulo O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, lamentou ontem o fato de que as investigações a respeito da tentativa de compra, por representantes do PT, de um dossiê contra os tucanos não sejam finalizadas até o dia 29 de outubro. Ele ressaltou, no entanto, que não se deve subestimar o conhecimento do eleitor.
"O desejável seria termos tudo esclarecido antes do dia 29 de outubro, mas não será possível, considerando a tramitação do processo", afirmou.
"Agora, não subestimemos o eleitor. Ele está a perceber a quadra vivida. A palavra está com o eleitor. O eleitor dirá o que pretende em relação aos governos estaduais e ao governo federal nos próximos quatro anos. Vamos aguardar 29 de outubro", acrescentou.
Debate
Sobre o debate entre os candidatos à Presidência da República exibido pela Rede Bandeirantes no último dia 8 de outubro, o ministro afirmou que preferia que tivesse sido mantido num nível "elogiável", mas que a disputa política favorece o surgimento de "paixões condenáveis".
"Claro que o desejável seria a manutenção do debate num patamar elevado, mas quando há uma disputa, vingam as paixões, e às vezes as paixões condenáveis", considerou. "Quando raciocinamos em termos de partido político, nós pressupomos a representatividade de cada partido político. E a cláusula de barreira visa justamente apurar essa representatividade. Creio que deve prevalecer no TSE, para ter-se a distribuição do fundo partidário, a ótica segundo a qual o partido há de ter alcançado nas eleições para a Câmara 5% de votos válidos em todo o território nacional e esses votos distribuídos, pelo menos, 2% em cada qual dos nove estados", afirmou.
O ministro destacou, entretanto, que a Lei 9.504 admite a fusão e o surgimento de um novo partido que passa a ser o detentor dos votos das siglas que se uniram.
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