Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu oferecer o Ministério do Trabalho para o PDT como forma de evitar mudanças na estrutura do Ministério da Previdência.
O atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho, irá assumir a Previdência sem a permissão para que faça alterações nos principais postos do órgão.
Como não poderia fazer esse apelo para o PDT e com a resistência do partido de operar qualquer mudança no sistema previdenciário, Lula decidiu transferir Luiz Marinho para a pasta. Ao oferecer o ministério para o petista, o presidente garantiu que não haverá mudanças.
Lula chegou a alertar Carlos Lupi, presidente do PDT e futuro ministro do Trabalho, que se a escolha recaísse sobre o Ministério da Previdência, ele teria apenas um papel figurativo. Por isso decidiu oferecer outra opção porque sabia que o partido não iria aceitar esse papel. Lupi concordou e aceitou o Trabalho.
O presidente ainda teria elogiado a postura do PDT por não pressioná-lo por cargos. E teria se queixado do PMDB.
O presidente tem classificado o PMDB como um "partido carguista", que só pensa em lotear o seu governo. O ministro Nélson Machado (Previdência) confirmou ontem que deixará a pasta hoje. Ele adiantou que deve assumir um cargo no Ministério da Fazenda depois de um mês de férias. Machado não revelou o cargo que ocupará na Fazenda, mas é cotado para assumir a secretaria-executiva da pasta.
Além de Lupi no Ministério do Trabalho, tomam posse hoje os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Miguel Jorge (Desenvolvimento) e Franklin Martins (Secretaria de Comunicação).
As posses devem concluir a reforma ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda-feira, o presidente reunirá sua nova equipe de trabalho para apresentar as principais metas de seu segundo mandato.