São Paulo A situação da pensionista Carla Joelma Alencar Viana, de 33 anos, permanecia indefinida até a noite de ontem. Desde as 15h30 de terça-feira, quando policiais chegaram à sua casa no bairro de Quitaúna, em Osasco, Grande São Paulo, ela era mantida sob cárcere privado pelo ex-marido, Edson Félix dos Santos, o Edinho, de 34 anos.
Presidiário, Edinho estava detido desde março de 2005, cumprindo pena de três anos e meio por porte ilegal de arma. Em novembro, foi transferido para o Centro de Progressão Penitenciária de Valparaíso, no interior de São Paulo, em regime semi-aberto. Por decisão da Vara de Execuções Criminais de Araçatuba, conseguiu a saída temporária chamada de indulto para o Natal e ano-novo. Edinho deveria ter voltado à prisão às 17 horas de ontem. Por volta das 16 horas, água e energia elétrica foram cortadas pela polícia para tentar fazê-lo desistir, mas até as 20 horas não havia sinais de que poderia se render. "Não conseguimos avançar por conta da resistência dele, que insiste que vai se matar e não faz nenhuma exigência, apenas falar com as filhas (o que a polícia não permitiu). Ele não quer voltar para a cadeia. É uma ocorrência delicada", disse o major Antônio Marin, do 3.º Batalhão de Choque da Polícia Militar. Marin disse que os 12 homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e outros policiais estão preparados para resistir pelo tempo que for necessário.
Uma versão inicial, dada por policiais, dizia que ele queria se vingar de Carla porque ela ou sua mãe, Maria Deusimar Alencar, teriam deposto contra ele, levando-o à prisão. Uma outra versão, relatada por familiares de Carla que não quiseram se identificar, dava conta de que Santos desconfiava de um suposto relacionamento dela com um de seus irmãos. Segundo a prima da refém, ele estava intimidando a vítima desde que chegou em Osasco. "Ele era ciumento e desequilibrado." Seu comportamento, aliás, teria levado Carla a deixar o emprego de frentista e se aposentar por invalidez. "Ela está sendo medicada contra depressão." O major não confirma essas versões. "Sabemos que seriam namorados", limitou-se a dizer.
Por volta das 7 horas de terça-feira, Carla aceitou recebê-lo em casa. Segundo uma filha de Lucineide Rodrigues, prima de Carla que também estava na casa, os dois começaram a discutir por volta das 13 horas.
"Ele só dizia que queria a verdade, mas ninguém sabia do que estava falando", contou a jovem. Ao ouvir que Carla não o queria mais, após um relacionamento de seis anos, ele teria se descontrolado e ameaçado puxar o gatilho da arma que portava.
Lucineide, então, correu para a casa dos fundos, de onde conseguiu sair apenas 40 minutos depois.
Dois irmãos de Santos foram chamados para ajudar nas negociações, mas até o início da noite de ontem, nada conseguiram. Por volta das 17 horas houve alvoroço entre os quase 300 curiosos que se aglomeravam diante da casa. Edson quebrou um vidro com o cano da arma, fazendo os policiais imaginarem que ele fosse se entregar. Alarme falso.
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