Londrina Menos de um mês depois da inauguração e antes mesmo de concluída a transferência de presos , o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina, no Norte do estado, registrou a primeira tentativa de fuga. Ontem, por volta das 8h15, no horário do banho de sol, um grupo de detentos formou uma pirâmide humana no pátio. Dois deles escalaram um muro de cerca de dez metros de altura e conseguiram chegar a uma das lajes.
Eles pretendiam pular para o lado de fora, mas foram surpreendidos por policiais militares, que faziam a guarda externa da unidade. "Eles acharam que estavam sendo espertos ao tentar fugir, mas foi uma burrice. Se arriscaram a levar um tiro da guarda externa", disse o major Raul Leão de Araújo Vidal, diretor da unidade. Depois de chegar à laje, os presos teriam de transpor mais três obstáculos, sendo que o último era a guarita da Polícia Militar.
Estavam no pátio 36 presos, que ficam numa das galerias do CDR. Uma comissão de sindicância vai avaliar o grau de participação de cada um deles na tentativa de fuga. Haverá punições de acordo com o envolvimento e, nesta semana, os 36 ficarão sem banho de sol e sem visitas.
Os dois presos que chegaram à laje são Valdir Borges, de 28 anos, e Waldivino Brás, de 26 anos. Em razão da tentativa, Borges e Brás sofrerão sanções. Durante 30 dias, eles ficarão presos no isolamento. "Só vão ter comida, água e colchão", informou o major Vidal. O CDR foi inaugurado em 24 de abril e tem 870 vagas para presos condenados. Ontem havia 667 detentos.
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