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A polícia prendeu na tarde desta terça-feira (16), no Centro de Campo Largo, na região metropolitana da Curitiba, o casal suspeito de ter agredido o filho até a morte. Os dois estavam foragidos desde a semana passada. A Justiça concedeu o mandado de prisão temporária do casal e eles foram detidos em um escritório de advocacia no município.

O bebê, um menino de apenas um ano e nove meses, foi encontrado morto, na última sexta-feira (12), dentro da casa onde morava, em Campo Largo. Ele apresentava vários hematomas no rosto e um sinal de mordida na cintura, além de ferimentos que pareciam queimaduras de cigarro.

A mãe da criança é dona-de-casa e tem 25 anos. Ela, que está grávida, e o marido já vivem juntos há quatro anos. Além do bebê, eles têm uma filha de três anos. De acordo com o advogado da Delegacia de Araucária, Haroldo Davison, que responde interinamente pela Delegacia de Campo Largo, a mulher se comportou de maneira fria durante todo o interrogatório.

Na delegacia, ela confessou que agredia a criança, mas negou que tenha matado o filho. Segundo a dona-de-casa, a criança teria morrido engasgada com a comida enquanto era alimentada. Ela alegou que batia na criança porque não conseguia controlar o bebê e porque ele chorava muito.

Já o pai, que trabalha como lavrador e motoboy e tem 22 anos, afirmou que nunca bateu na criança. Ele contou que sabia das agressões e defendeu a esposa alegando que ela sofre de transtornos psiquiátricos. No dia da morte, ele disse que chegou em casa, viu o prato de comida na mesa e a criança já morta. O casal alega que fugiu do local por medo a reação da família.

De acordo com o delegado, o avô paterno da criança foi quem denunciou o caso. Duas funcionárias de uma creche na qual a criança estava matriculada contaram à polícia que a criança apresentou hematomas em outras oportunidades. As mulheres teriam chegado a denunciado o Conselho Tutelar do município, segundo a polícia.

A certidão de óbito da criança, emitida pelo Instituto Médico Legal (IML), aponta como a causa da morte: "traumatismo no abdome, ação contundente e agressão física". A polícia ainda aguarda o resultado do laudo de necropsia.

A outra filha do casal, que também teria um histórico de sofrer agressões, está com os avós paternos. Ainda de acordo com a polícia, para fugir o casal usou um automóvel que tinha alerta de roubo. Os dois negaram que o carro era roubado.

O casal deve ser indiciado por maus-tratos, tortura, omissão de socorro e homicídio. "Mesmo não tendo praticado o crime em si, o pai sabia das agressões e não tomou nenhuma atitude para evitar", disse o delegado.

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