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Piraquara

Preso de Maringá consegue transferência após fazer agente refém

Um agente penitenciário foi liberado por volta das 11 horas desta quarta-feira (19) na Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), depois de ter sido mantido refém por cerca de uma hora. Ele estava em poder de um detento de Maringá que exigia ser transferido para sua cidade de origem ou para Londrina, para ficar mais próximo da família. Após negociações e liberação do agente, o preso está neste momento sendo transferido.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) afirma que irá comunicar o ocorrido ao juiz responsável pela condenação do preso e este deverá receber um agravamento de pena por ter feito uma pessoa refém. O agente penitenciário também passará por investigação interna para apurar se houve erro de procedimento ou a facilitação para a ação do detento. Se confirmada esta opção, o agente deverá receber uma punição de acordo com o seu envolvimento.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson, o agente penitenciário estava bastante abatido depois do ocorrido e foi orientado a procurar cuidados psicológicos. Ele esclareceu que a ação aconteceu durante a saída dos detentos para o pátio e que mais agentes faziam o trabalho de segurança, mas que o preso agiu rapidamente e não foi possível tomar qualquer medida senão a negociação. Por medida de segurança, após o motim desta quarta-feira, todas as unidades prisionais do estado estarão fechadas para visitas nesta quinta-feira (20).

Reféns

Em três meses, 15 agentes penitenciários, além do desta quarta-feira, foram mantidos reféns no estado do Paraná. Todos eles foram rendidos nas dez rebeliões ocorridas desde o início de dezembro de 2013, segundo dados levantados pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen).

A última ação aconteceu há menos de uma semana, quando um agente permaneceu por sete horas em poder de 15 detentos na Penitenciária Central do Estado (PCE), que exigiam a transferência para a PEP II.

Compromisso para acelerar transferências

Na última segunda-feira (17), representantes do Sindarspen foram à Vara de Execuções Penais de Curitiba cobrar mais celeridade do Judiciário para a realização de mutirões carcerários e na análise dos pedidos de transferência de presos.

O Judiciário se comprometeu a acelerar a análise dos pedidos de transferência de presos, ponto considerado "urgente" pelo juiz da 1.ª Vara de Execuções Penais, Eduardo Lino Bueno Fagundes Junior. Segundo ele, o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) está fazendo um levantamento sobre os detentos que podem ser transferidos. "Vamos providenciar as autorizações a partir do levantamento. É urgente, estamos preocupados", relata.

As transferências de detentos costumam ser demoradas porque precisam da autorização do Judiciário das duas comarcas - de onde o preso está alocado e para onde ele será transferido. "Vamos agir pra que tenha mais celeridade essa concordância dos dois juízes", afirma Fagundes.

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