O traficante de drogas colombiano Néstor Ramón Caro-Chaparro, um dos principais de seu país e procurado pela Justiça norte-americana, foi preso nesta sexta-feira em um prédio na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.
A prisão foi efetuada pela Polícia Federal em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para fins de extradição de Chaparro aos Estados Unidos, que ofereciam até 5 milhões de dólares de recompensa pela captura.
"Este narcotraficante é um dos mais antigos ligados ao tráficos de drogas há mais de 20 anos e perseguido por todo o país", disse a jornalistas na Colômbia o ministro da Defesa do país, Gabriel Silva, ao anunciar a prisão.
"Passamos anos perseguindo-o. Essa prisão demonstra que nenhum traficante poderá escapar dos braços da Justiça", acrescentou o ministro. Segundo ele, agentes colombianos e do departamento antidrogas dos EUA também participaram das investigações para a prisão do traficante.
Chaparro, de 42 anos, tem envolvimento com o tráfico de drogas desde os anos 1980 e seria responsável por enviar toneladas de cocaína aos Estados Unidos através do Brasil, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.
Ele foi indiciado pela Justiça de Nova York em 2001 por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
"A prisão foi realizada esta manhã num apartamento de frente para o mar em Copacabana", disse à Reuters por telefone o delegado Cairo Costa Duarte, da Coordenação-Geral de Polícia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, em Brasília.
O colombiano recentemente esteve envolvido num escândalo depois que foi divulgado um vídeo de seu casamento em que aparecerem coroneis do Exército colombiano, que acabaram sendo retirados da ativa.
O diretor da Polícia Nacional da Colômbia, general Oscar Naranjo, disse que Chaparro era o penúltimo fugitivo entre os grandes traficantes de drogas mais procurado pelo país, depois da prisão em Quito esta semana de Ramón Alberto Quintero Sanclemente.
"Só está faltando a prisão de Carlos Alberto Rentería Mantilla, o 'Beto Rentería'", disse Naranjo.
Segundo o delegado da Polícia Federal, em princípio Chaparro estaria no Rio "apenas como um traficante colombiano", mas possivelmente há ligação entre os crimes cometidos por ele com organizações de tráfico de drogas no Brasil.
O colombiano ficará na Superintendência de Polícia Federal no Rio de Janeiro à disposição do STF. O pedido de extradição do governo norte-americano tem data de 2005 no site do STF.