O motorista da Mitsubishi Pajero, que se envolveu em acidente na manhã de ontem, Eduardo Miguel Abib, foi ouvido ontem à tarde por policiais da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), mas se reservou o direito de permanecer em silêncio. O empresário de 27 anos ainda se recusou a fazer o teste para determinar a dosagem alcoólica no sangue. Três testemunhas e os policiais militares que fizeram o atendimento no local foram ouvidas.
De acordo com o delegado titular da Dedetran, Armando Braga, os policiais disseram que Abib apresentava indícios de embriaguez, entre eles o hálito etílico, os olhos avermelhados e a fala desconexa. No momento do atendimento, Abib foi orientado por um advogado a não se submeter ao bafômetro. Duas testemunhas afirmaram que o empresário estava em alta velocidade. Uma delas disse que o carro cruzou o sinal vermelho e estava descontrolado, mas não derrapou.
Não há marcas de frenagem dos pneus no local. O delegado disse que só será possível determinar a velocidade do carro após a perícia nos veículos. "A pessoa pode se recusar a produzir prova contra si mesma, mas os depoimentos dos policiais militares suprem essas provas para a prisão em flagrante", explica Braga. Os advogados que defendem Abib, Bruno Viana e Augusto Severo, disseram que vão entrar com recurso contra a prisão nos próximos dias. Até a apreciação do recurso pela Justiça, o empresário permanece preso na carceragem do Dedetran.
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