Preso escapa de camburão e morre em confronto com a polícia no Jardim Botânico

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Um homem de 24 anos – que era procurado pela Justiça por tráfico de drogas – morreu, na tarde desta segunda-feira (18), ao trocar tiros com policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. Ele era conduzido à delegacia depois de ter sido preso, mas conseguiu se desvencilhar dos agentes quando era retirado do camburão. O foragido escondia um revólver dentro da calça e chegou a atirar contra os policiais, mas foi atingido por um tiro no peito.

A prisão ocorreu em frente a um hotel, na Rua José Loureiro, no Centro da capital. Investigadores da DFR que passavam pelo local reconheceram o suspeito e realizaram a abordagem. Os policiais deram voz de prisão ao foragido, que foi colocado no camburão e levado à delegacia.

Por volta das 15h30, quando os policiais retiravam o preso da viatura, ele escapou e correu pela Avenida Presidente Affonso Camargo. Os agentes perseguiram o foragido e deram ordem para que ele se entregasse, mas o homem teria sacado uma arma que estava escondida dentro da calça e atirado contra a equipe. Os policiais reagiram e atingiram o foragido no peito. O Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma de Emergência (Siate) foi acionado, mas o fugitivo não resistiu aos ferimentos.

O homem foi identificado como Helton da Silva Sene. Havia um mandado de prisão por tráfico de drogas expedido pela Justiça contra ele. Além disso, o foragido é apontado como autor de pelo menos sete homicídios e, segundo a polícia, seria um dos responsáveis por um toque de recolher imposto a moradores de uma área de invasão no bairro Tatuquara, em Curitiba. A arma que ele portava – um revolver calibre 38 – foi apreendida pela DFR.

O delegado Rodrigo Brown de Oliveira, chefe da DFR, lamentou a ocorrência e avaliou que os policiais agiram em legítima defesa e para preservar a integridade de pessoas que transitavam pela avenida. Ele aponta que os investigadores não encontraram a arma durante a abordagem, porque havia muitas pessoas na rua, no ponto onde se deu a prisão. "Não foi possível fazer uma revista minuciosa. Assim, os policiais realizaram uma revista genérica e conduziram o foragido para a delegacia", disse o delegado.

A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar o caso, além de lavrar um auto de resistência à prisão. "Evidentemente esta é uma situação que ninguém gosta que aconteça. Mas isso só aconteceu porque estamos trabalhando", pontuou Brown de Oliveira.