Um homem que se passava por policial civil há cerca de quatro anos foi preso em Curitiba. Ele seria o responsável pela aplicação de golpes na capital.
Wilson Felipe Macedo, de 35 anos, foi apresentado pelas autoridades na tarde desta quinta-feira (2). Segundo informações da Delegacia de Homicídios (DH), responsável pela prisão do acusado, o homem é acusado de se apresentar como policial do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).
Foi apurado que, em abril deste ano, Macedo foi até uma concessionária da cidade para comprar um veículo. Ele escolheu um Fiat Palio e pagou um "sinal" em dinheiro (valor não divulgado). Segundo as autoridades, como acreditavam ser um policial, os funcionários do estabelecimento deixaram ele levar o automóvel acreditando que o homem voltaria, o que não ocorreu.
O crime foi registrado no 9º Distrito Policial (DP), no bairro Santa Quitéria, e a polícia passou a investigar Macedo.
O suspeito foi encontrado na quarta-feira (1) depois de ser reconhecido por policiais da Delegacia de Homicídios que trabalhavam na apuração de um crime no bairro Uberaba. Com ele, foram encontrados um rádio comunicador que estava na frequência da polícia, uma pistola calibre 380 e algemas. De acordo com a delegada Vanessa Alice, o homem ainda possuía uma carteira funcional semelhante à utilizada pelos policiais.
A polícia também encontrou com Macedo alguns envelopes com documentos referentes a possíveis investigações encerradas. Para a polícia, isso indica que ele realizava investigações particulares e extorquia pessoas.
Mulher enganada
Chamou a atenção das autoridades o fato de que nem as pessoas mais próximas ao homem estariam sabendo que ele não era policial. Segundo a delegada Vanessa, a esposa do suspeito realmente acreditava que ele trabalhava na polícia. Quando foi preso, ele teria contado para a mulher que foi detido pela Corregedoria da corporação, que é a responsável pela prisão de policiais.
Macedo vai ficar detido no Centro de Triagem II, em Piraquara, e vai responder pelos crimes de usurpação de função pública e porte ilegal de arma de fogo.
A polícia continua as investigações para descobrir outros possíveis golpes aplicados pelo homem.
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