O motorista da caminhonete se negou a fazer o teste do bafômetro
O motorista da Mitsubishi Pajero que se envolveu em um grave acidente no início da manhã desta segunda-feira (7) no bairro Batel foi preso em flagrante pelo crime de homicídio com dolo eventual quando a pessoa não tem intenção de matar, mas assume o risco de tirar a vida de outras pessoas em virtude de suas ações. Em razão do acidente, quatro pessoas morreram e outra ficou ferida.
Segundo o delegado Armando Braga de Moraes Neto, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) da capital, a prisão de Eduardo Miguel Abib foi determinada com a condição de dolo eventual por conta de indícios de embriaguez, velocidade acima da máxima permitida e informação de uma testemunha de que ele teria passado por um sinal vermelho. O motorista é filho do diretor geral da Assembleia Legislativa, Abib Miguel.
O acidente ocorreu por volta das 6h30. Segundo o delegado, Abib trafegava pela Rua Francisco Rocha e, ao passar pelo cruzamento com a Avenida do Batel, bateu transversalmente ao Citroën C3, com placas do Rio de Janeiro, que era dirigido por Felipe Pires, de 25 anos, no sentido Centro/Bairro. No carro, além de Pires, estavam Thayná da Silva Arcângelo, de 18 anos, que ocupava o banco da frente do veículo; Clóvis José de Jesus, de 39 anos; Alexandre Cuesta da Silva, de 29 anos; e Ana Karin Quintanilla Manzo, de 19 anos.
Apenas Pires sobreviveu ao acidente. Ele foi encaminhado ao Hospital Evangélico com um trauma no tórax. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o quadro dele é estável. Thayná chegou a ser socorrida por uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas morreu a caminho do hospital.
No momento do atendimento ao acidente, Silva e Ana Karin foram encontrados fora do carro, e a suspeita inicial dos policiais era de que ambos seriam pedestres que teriam sido atropelados após a batida, mas a informação foi desmentida em análise posterior. "Todos estavam no carro, e dois deles foram arremessados do veículo com a batida", confirmou o delegado.
Três testemunhas foram ouvidas por policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) que estiveram no local. "As três afirmaram que a Pajero estava em velocidade incompatível com a máxima permitida na via", afirma Moraes. "E uma delas afirmou que o carro cruzou o sinal vermelho". Embora Abib tenha se recusado a fazer exame de dosagem alcoólica, de acordo com relatório do BPTran repassado à Dedetran ele apresentava diversos sinais de embriaguez. "Foi relatado odor etílico, olhos vermelhos, fala desordenada e desordem nas vestes", explica o delegado de trânsito.
O delegado diz que ainda não é possível precisar em que velocidade os veículos estavam no momento do acidente. Os advogados Alessandro Silvério e Bruno Vianna, que defendem Eduardo Miguel Abib, afirmaram que não vão comentar o assunto por enquanto. "Não vamos nos manifestar porque ainda não analisamos o auto de prisão em flagrante", afirmou Silvério.
Segundo divulgou o telejornal ParanáTV, 2.ª edição, Eduardo Abib estava com a carteira de habilitação suspensa desde 2006, por ter superado os 20 pontos. Como está recorrendo da suspensão, ele continua com a permissão para dirigir.
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