Foi preso ontem em Porto Alegre (RS) o bancário Ricardo Neis, 47 anos, que atropelou um grupo de ciclistas e deixou pelo menos 16 feridos na sexta-feira passada. Neis recebeu voz de prisão no hospital Parque Belém, na capital gaúcha, onde estava internado desde terça-feira. A prisão preventiva foi decretada na terça-feira, pela juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels, da 1.ª Vara do Júri de Porto Alegre, a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual. Funcionário do Banco Central, Neis deve ser indiciado por tentativa de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e por ter reduzido as chances de defesa das vítimas.
Vídeos que flagraram o atropelamento foram a principal evidência contra o motorista. "Pelas imagens, ele fez uso do automóvel como arma. Foi isso o que nos levou a pedir a prisão preventiva", afirmou o delegado Gilberto Montenegro, responsável pelo caso. Depois do acidente, nove pessoas chegaram a ser internadas e liberadas sem ferimentos graves. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Neis prestou depoimento à Polícia Civil na segunda-feira e alegou que agiu em defesa dele e do filho que estava no carro por temer que ciclistas tentassem agredi-los. O caso provocou comoção em Porto Alegre e desencadeou manifestações em outras cidades do país. O grupo atropelado defende o uso de bicicletas no trânsito. Na última terça-feira, cerca de 1,5 mil pessoas protestaram pelas ruas do Centro da capital gaúcha. Na segunda-feira, um grupo de ciclistas de São Paulo pediu paz no trânsito e tolerância.
Manifestação
Cerca de 150 ciclistas de Curitiba participaram ontem de uma bicicletada em protesto contra o atropelamento em Porto Alegre. O grupo percorreu seis quilômetros em ruas da região central da cidade. Para um dos organizadores do evento, o ciclista e filósofo Jorge Brand, mais conhecido como Goura Nataraj, o fato ocorrido em Porto Alegre deve servir para mudar a consciência dos motoristas. "Estamos pedindo que Curitiba tenha um trânsito que respeite o ciclista".
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