Ponta Grossa Na escola municipal falta leite em pó e achocolatado para as crianças. Já numa das celas da delegacia de Prudentópolis, nos Campos Gerais, os produtos são abundantes para um homem preso há um ano por tráfico de drogas. O esquema foi descoberto pelo delegado Ricardo Monteiro, que abriu um inquérito para investigar o caso. O nome da escola não foi divulgado e a prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.
Na semana passada, um pacote endereçado ao preso Edemilson Jeferson Muller foi interceptado pelo delegado. A caixa era assinada por três pessoas ligadas à prefeitura, entre eles o coordenador do programa Bolsa Família e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no município, Nelson Auresco. No pacote estavam 11 pacotes de bolacha, 1,5 kg de achocolatado, seis pacotes de leite em pó, 20 saquinhos de suco, dois pacotes de bolacha salgada e quatro pacotes de pão-de-mel. Ouvido pelo delegado, Muller (que era motorista da prefeitura) disse que essa era a terceira vez que recebia os alimentos.